Abstrato, mas nem tanto: obras de Piet Mondrian ganham exposição no CCBB-SP

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Uma composição de linhas verticais e horizontais preenchidas nas cores amarela, azul, branca, vermelha e preta é a característica principal de uma das séries de telas de autoria do pintor holandês Piet Mondrian. Talvez não seja tão fácil lembrar da obra apenas com o nome do criador, mas em algum momento você vai se deparar com uma das sequências abstratas de Mondrian ou as inspirações produzidas a partir da série denominada “Boogie Woogie”, finalizada na década de 1940.

A série é o trabalho mais conhecido do pintor e teve início em 1920, junto com o desenvolvimento do neoplasticismo e dialogou com o momento vivido pelo holandês que se mudou para os Estados Unidos vinte anos depois, em 1940, e se deparou com o jazz e o blues, sendo que um dos estilos era denominado “boogie-woogie”.

A partir da interpretação da tela “Broadway Boogie-Woogie”, uma das peças da série que, aliás, era característica do pintor produzir várias telas com o mesmo tema, fica evidente a união entre a filosofia e a tendência de uma pintura não representativa. Para ele, a beleza era obscurecida pelo aparecimento de um objeto na tela, por isso, o objeto deveria ser eliminado da imagem. A “arte total”, como é conhecida a estética preconizada por Mondrian, apresentou elementos futuristas no início do século XX e  uma nova maneira de convidar o espectador a explorar o quadro. 

Na obra (ao lado), de 1942-1943, o “vocabulário” de linhas, cores primárias e retângulos foram inspirados na vitalidade da cidade de Nova Iorque, local onde o holandês residia. Os pontos vermelhos e amarelos lembram as ruas da cidade povoada pelos táxis que transitam entre as quadras da metrópole que, naquele período, se tornava um dos centros de arte moderna no mundo, após o fim da segunda guerra mundial.

Abstrato, mas nem tanto, Mondrian abandonou a representação de pessoas e objetos em suas telas e compartilhou suas ideias na revista “De Stijl”, lançada em 1917, na Holanda. A revista funcionava como um fórum para arquitetos, designers e pintores que compartilhavam de uma estética abstrata semelhante formando uma sensibilidade comum. Apesar da dissolução do grupo que formava a revista, os “dogmas” criados foram colocados em prática durante os séculos XX e XXI por artistas de vários países.

Mostra sobre a “arte total”

Até o dia 4 de abril, é possível interpretar as telas de Mondrian pessoalmente ao visitar a mostra “Mondrian e o Movimento De Stijl” (“O Estilo”, em tradução literal”) no Centro Cultural Banco do Brasil da capital de São Paulo. Com 30 obras de autoria do pintor holandês e mais 30 de outros artistas que participaram do movimento, a mostra permite passear pela fase da figuração e terminar na abstração. 

A exposição tem entrada gratuita e pode ser visitada de quarta a segunda-feira, das 9h às 21h, mas é necessário realizar agendamento prévio pelo site Ingresso Rápido. Mais informações no site da exposição.

Uma composição de linhas verticais e horizontais preenchidas nas cores amarela, azul, branca, vermelha e preta é a característica principal de uma das séries de telas de autoria do pintor holandês Piet Mondrian. Talvez não seja tão fácil lembrar da obra apenas com o nome do criador, mas em algum momento você vai se deparar com uma das sequências abstratas de Mondrian ou as inspirações produzidas a partir da série denominada “Boogie Woogie”, finalizada na década de 1940.

A série é o trabalho mais conhecido do pintor e teve início em 1920, junto com o desenvolvimento do neoplasticismo e dialogou com o momento vivido pelo holandês que se mudou para os Estados Unidos vinte anos depois, em 1940, e se deparou com o jazz e o blues, sendo que um dos estilos era denominado “boogie-woogie”.

A partir da interpretação da tela “Broadway Boogie-Woogie”, uma das peças da série que, aliás, era característica do pintor produzir várias telas com o mesmo tema, fica evidente a união entre a filosofia e a tendência de uma pintura não representativa. Para ele, a beleza era obscurecida pelo aparecimento de um objeto na tela, por isso, o objeto deveria ser eliminado da imagem. A “arte total”, como é conhecida a estética preconizada por Mondrian, apresentou elementos futuristas no início do século XX e  uma nova maneira de convidar o espectador a explorar o quadro. 

Na obra (ao lado), de 1942-1943, o “vocabulário” de linhas, cores primárias e retângulos foram inspirados na vitalidade da cidade de Nova Iorque, local onde o holandês residia. Os pontos vermelhos e amarelos lembram as ruas da cidade povoada pelos táxis que transitam entre as quadras da metrópole que, naquele período, se tornava um dos centros de arte moderna no mundo, após o fim da segunda guerra mundial.

Abstrato, mas nem tanto, Mondrian abandonou a representação de pessoas e objetos em suas telas e compartilhou suas ideias na revista “De Stijl”, lançada em 1917, na Holanda. A revista funcionava como um fórum para arquitetos, designers e pintores que compartilhavam de uma estética abstrata semelhante formando uma sensibilidade comum. Apesar da dissolução do grupo que formava a revista, os “dogmas” criados foram colocados em prática durante os séculos XX e XXI por artistas de vários países.

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Até o dia 4 de abril, é possível interpretar as telas de Mondrian pessoalmente ao visitar a mostra “Mondrian e o Movimento De Stijl” (“O Estilo”, em tradução literal”) no Centro Cultural Banco do Brasil da capital de São Paulo. Com 30 obras de autoria do pintor holandês e mais 30 de outros artistas que participaram do movimento, a mostra permite passear pela fase da figuração e terminar na abstração. 

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