“Escritores são Humanos” é o novo livro de Carlos Costa
Servidor associado mergulha nas histórias de grandes nomes da literatura.
Na vastidão da literatura brasileira, mergulhar nas páginas vai além dos enredos e das obras imortalizadas. É descobrir os segredos, anseios e momentos peculiares que habitavam os bastidores da vida dos grandes autores. Carlos Costa, em sua obra fascinante “Escritores são Humanos: Histórias Cotidianas da Literatura Brasileira”, revela os enigmas íntimos de nomes consagrados como José de Alencar, Gregório de Matos e Pagu, proporcionando uma visão inédita dessas figuras imponentes.
O livro, em uma narrativa envolvente e descomplicada, transporta os leitores por mais de quatro séculos, apresentando fatos curiosos que escapam das páginas escolares. Quem poderia imaginar que Mário de Andrade, além de sua genialidade literária e de gostar de cachaça e Carnaval, encontrava alegria nas brincadeiras familiares e tinha um amor especial por seus sobrinhos? E a trama misteriosa que envolveu a morte de Euclides da Cunha, autor de “Os Sertões”, permanece até hoje como um enigma, sem que se saiba ao certo o culpado.
Na obra, o autor revela os bastidores da vida de cada autor, destacando que por trás das genialidades literárias, há indivíduos comuns, repletos de humanidade. Com uma linguagem acessível, ele relata episódios desde o registro de Pero Vaz de Caminha sobre o Brasil, no século XVI, até os desdobramentos da Semana de Arte Moderna em São Paulo, no início do século XX. O livro é resultado de mais de 10 anos de pesquisa.
Uma das histórias mais surpreendentes do livro revela os intrincados relacionamentos entre Pagu, Tarsila do Amaral e Oswald de Andrade, mostrando a vida íntima por trás dessas figuras emblemáticas do modernismo brasileiro.
Pagu queria sair de casa, mas não tinha idade para isso. Pediu ajuda a Tarsila e Oswald, que prometeram ajudá-la. O plano era o seguinte: Pagu casar-se-ia formalmente com um primo de Tarsila, viajariam em “lua de mel” para Santos, e de lá cada um seguiria seus caminhos. E assim foi feito. Pagu seguiu para a Bahia e o quase quarentão Oswald foi atrás… Quando voltou, Tarsila já sabia do romance dele com Pagu. Soube através de um pai de santo que Oswald levara para casa a fim de espantar as coisas negativas. Ou seja: soube por um desconhecido. Estava tudo acabado: Tarsiwaldo, o casal ícone do modernismo, não existia mais. (Escritores são humanos, pg. 438)
Nesta obra, temas atuais e sensíveis, como feminicídio, racismo, preconceitos sociais e corrupção política, são abordados sem julgamentos, humanizando esses ícones literários.
“Várias são as referências, os exemplos de homens e mulheres que viraram sinônimo de tenacidade, criação, talento e coragem. Mas essas pessoas não são estátuas, elas são humanas, de carne e osso, com erros e acertos. Por trás desses cânones, havia pessoas de chinelo nos pés, que espirravam, transpiravam suor azedo, tinham preconceitos, sentiam frio, medo, ciúmes e raiva”, afirma Costa.
O livro está disponível no site da editora.
Sobre o autor: Formado em Psicologia e em Letras, Carlos Costa é pós-graduado em Linguística e se dedica à pesquisa sobre literatura brasileira. Em paralelo, foi psicólogo clínico, trabalhou durante anos com informática e agora é servidor público federal. Nasceu em Parnaíba, no Piauí, e mora em Olinda, em Pernambuco.
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