Voyeurismo nas redes sociais: servidor publica livro sobre o tema
Desde que finalizou o doutorado em Psicologia Social, o servidor Marcio Roberto Santim da Silva, do TRT15, não parou de escrever: após a tese, ele publicou o primeiro livro, em 2011, intitulado “Culto ao corpo: expressões do voyeurismo e exibicionismo na estética contemporânea”. “Em 2015 publiquei minha segunda obra, ‘Psicologia e gestão de pessoas no poder judiciário’. E agora em 2018, publiquei o livro ‘O fim da intimidade – voyeurismo e exibicionismo nas redes sociais’”, relembra.
Para Marcio, a escrita é encarada como um tipo de ócio criativo, realizada durante o tempo livre. “Penso que para alcançarmos dimensões criativas por meio da escrita ou por outras formas de expressão, deva sempre haver um caráter espontâneo, no sentido de não se limitar ao cumprimento de horários, prazos e metas; nem atender a determinados modismos”, afirma.
Indicações de leitura
Baseados em pesquisas acadêmicas, os livros escritos por Marcio dialogam com referências da teoria crítica da Escola de Frankfurt e psicanálise de linha freudiana. “Costumo indicar para leitura dois livros clássicos de ficção, mas que dizem muito respeito a nossa realidade: ‘Admirável mundo de novo’, do Aldous Huxley e 1984, escrito por George Orwell. Essa última obra inclusive é bastante mencionada no novo livro ‘O fim da intimidade’”, diz.
Sobre o livro
Lançado no mês de novembro, o livro “O fim da intimidade – voyeurismo e exibicionismo nas redes sociais” foi dividido em duas partes, de acordo com o autor: “a primeira mais acadêmica em que explico e analiso o tema com conceitos da Psicologia, Sociologia e Filosofia. E uma segunda parte mais empírica e fundamentada na observação das redes sociais e alguns de seus efeitos exercidos sobre a vida das pessoas”. A obra está à venda no site da Paco Editorial e nas livrarias Estante Virtual e Amazon.
Para entrar em contato com o escritor Marcio Santim envie e-mail para: contato@iappf.com.br.
Confira alguns trechos do livro e o vídeo com registros do lançamento.
“O fim da intimidade – voyeurismo e exibicionismo nas redes sociais”
“A constante exposição da intimidade, seja pela mídia ou pelos perfis pessoais criados nas redes sociais, colaborou para que ela continuasse a perder a sua principal característica: a afetividade.”
“No momento em que a intimidade passa a ser exposta compulsivamente nas redes sociais, migrando-se do mundo privado para o âmbito público, ela se descaracteriza enquanto tal e entra na lógica capitalista, tornando-se mera mercadoria; o número de curtidas em determinada postagem poderia ser equiparado ao valor financeiro a ela atribuído.”
“A sucessão de imagens fotográficas nas redes sociais é tão grande e veloz que se assemelha a um filme. As pessoas vão contando as suas histórias não como narrativas escritas, mas como exibições fotográficas. A edição já é feita de antemão pela própria pessoa que, por via de regra, se encarrega de ser o seu próprio fotógrafo mediante as chamadas selfies, que também poderíamos chamar de espelhos narcísicos, feitas à exaustão.”
Acessos: 0