
“Amar sem advérbios”: servidor do TRT12 lança primeiro livro de poemas
Amar, ser e perceber. Carlos Nogueira, poeta, jornalista e servidor do TRT12, dividiu em três partes os poemas do seu primeiro livro: “Amar sem advérbios”, que será lançado no dia 13/12, em Florianópolis (SC). “Cada um dos blocos é ilustrado e conta com temáticas diferentes: a primeira traz poemas românticos, a segunda filosóficos e a terceira capta detalhes do dia a dia.”
A escrita poética, para Carlos, é uma atividade que demanda disciplina, dedicação e esforço. “Costumo dizer que escrever poemas é como caminhar à noite em um cômodo sem luz: para nos localizarmos, é preciso tatear móveis, paredes e demais elementos do percurso. Assim garantimos que conseguiremos chegar ao interruptor.”
A caminhada dele no mundo da poesia teve início na adolescência, “[… escrevendo letras para uma banda de rock, na qual eu era o vocalista. A escrita funcionava apenas como uma válvula de escape para os conflitos pessoais da época. Não havia muita preocupação com a escolha das palavras. Mais tarde, na vida adulta, comecei a ter uma maior preocupação com aquilo que escrevia”, disse.
“Passei a investigar o que fazia com que o escrito por Fernando Pessoa, por exemplo, fosse diferente de linhas soltas no caderno aleatoriamente. Não que eu tenha descoberto o mistério, mas creio que melhorei bastante a minha produção, dentro dos limites de que sou capaz.”
Além do poeta português, Carlos cita Mário Quintana entre seus favoritos, mas ressalta que a preferida é a poeta Wislawa Szymborska, polonesa e ganhadora do Prêmio Nobel de Literatura. Inspirado pelas leituras, ele concentrou a escrita de acordo com as influências do momento. “Por exemplo, no período em que devorava Fernando Pessoa, me arrisquei mais nos versos livres (sem métrica ou rimas) e em assuntos existenciais, características que marcam a produção do célebre poeta – o maior de língua portuguesa, em minha opinião.”
Na fase da leitura das obras de Quintana, o jornalista criou poemas para a última parte do livro (Perceber), com destaque para os acontecimentos do cotidiano. Para ele, Quintana é capaz “de brincar com as palavras sem perder o rigor métrico, o que dá uma sonoridade agradável aos poemas do autor. Outra coisa que admiro é como ele pega coisas simples do dia a dia e transforma em reflexões”.
Criando poemas
Carlos descreve o seu processo de produção na poesia “Escrever”, publicada no primeiro livro:
“Páginas em branco são animais
selvagens e escrever é tentar
domesticá-las fazendo cafuné
com a ponta do lápis.”
A ideia para um poema surge a partir de uma reflexão ou acontecimento cotidiano, de acordo com o poeta. “Mas o que faz sofrer é a tentativa de transformar aquilo em obra de arte. Já passei noites sem dormir refazendo centenas de vezes o mesmo verso, tudo para encontrar a rima adequada. Ver o poema pronto é um grande prazer, mas chegar até lá às vezes dói.”
Lançamento do livro
Publicado pela Tripous Edições, “Amar sem advérbios” também será divulgado por meio de um booktrailer do poema “Por linhas tortas”, interpretado pelos dançarinos Diogo Vaz Franco e Karina Collaço. Confira o vídeo com a performance:
O livro “Amar sem advérbios” já está à venda e pode ser adquirido pelo blog do servidor e poeta. O lançamento do livro será realizado no dia 13 de dezembro, das 19h às 22h, na Fundação Cultural Badesc (Rua Visconde de Ouro Preto, 216 – Centro), em Florianópolis (SC). Para entrar em contato com o poeta, envie e-mail para o endereço carlosmrnogueira@gmail.com ou acesse o perfil pessoal na rede social Facebook. Outros poemas também poderão ser lidos no blog do escritor.
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