Inspirado pelo cotidiano, servidor do TRT9 se dedica à escrita poética e opinativa
Conheça detalhes da criação de Richard Zajaczkowski.
Richard Zajaczkowski é graduado em Direito e Jornalismo. Quando está fora do Tribunal, ele utiliza sua capacidade intelectiva para criar poemas e artigos de opinião, publicados com frequência no Jornal de Beltrão, cidade na qual reside há mais de 30 anos.
“Sempre fui uma pessoa curiosa e essa mania de saber das coisas, reverteu-se para o universo da literatura, ou seja, a partir dos bancos escolares, na adolescência, iniciei a ler obras de romances de escritores brasileiros e ao longo dos anos, sempre tive inclinação de gosto eclético.”
Na lista dos favoritos, Richard inclui as biografias, livros sobre meio ambiente e voltados à espiritualidade. “Em prosa: Memórias Póstumas de Brás Cubas de Machado de Assis; Grande Sertão: Veredas de João G. Rosa; Crime e Castigo de Fiodor Dostoievski; Guerra e Paz de Leon Tolstoi. Esses são alguns e melhores dos indicados pelo nosso conhecido bibliófilo José Mindlin e que também são de minha preferência. Na poesia, fico com Clarice Lispector e Helena Kolody”, enumera.
Paixão pela leitura e pela escrita
“A leitura, durante décadas, forneceu-me enorme cabedal de vocábulos, que de forma intelectiva emprego nos meus textos, sejam eles artigos (e também agora) ou poemas.”
Além dos textos enviados para o Jornal de Beltrão semanalmente, Richard também participa do Centro de Letras de Francisco Beltrão (PR), e se dedica a criar poemas utilizando três palavras (uma trinca), escolhidas pelos colegas poetas.
No processo de criar, tanto os textos quanto os poemas, ele afirma: “Acredito que o processo criativo, tanto meu como de qualquer outro escritor ou poeta, surge a partir de dois elementos: o primeiro e mais importante é quando a pessoa sente-se inspirada para realizar algo, ou seja, ela intui uma espécie de emoção introspectiva de sentimentos que afloram à mente e, como em uma passe de mágica, surgem as palavras que ela quer dizer; o segundo elemento, é uma combinação do primeiro com o trabalho mental, puramente intelectivo, ou seja, o escritor ou poeta vasculha a mente do conhecimento de seu vocabulário. Se achou poucos recursos ou eles são pobres em conteúdo, então ele socorre-se dos léxicos”.
A última trinca indicada por um colega do Centro de Letras era javali, onça e cachorro. “Embora sejamos em mais de vinte pessoas, menos de meia dúzia tem condições (ou talvez não queiram) indicar a trinca e elaborar o texto a respeito.” O resultado foi o poema “Fauna”, publicado abaixo.
Para ler as outras publicações de autoria de Richard Zajaczkowski, faça uma busca no site do Jornal de Beltrão. Ele também é autor de três livros que podem ser encontrados no site Estante Virtual: “Moral da História”, “A Moral da História Continua” e “Contos para reflexões”. Entre em contato com Richard para comprar os livros diretamente pelo e-mail: richazaja@gmail.com.
FAUNA (JAVALI – ONÇA – CACHORRO)
Selva virgem e fechada,
Fechada com pouca relva.
Javali pronto à espreita,
Espreita lá e aqui.
Felino de pelos amarelados,
Amarelados não opalino.
Onça, pintada, preta ou jaguar;
Jaguar, não geringonça.
Animal amigo do homem,
Homem que lhe faz mal.
Cachorro late, mas não morde,
Morde só mendaz e mazorro.
Richard Z.
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