“Nem te conto”: Scheilla Brevidelli fala sobre seu podcast
“Uma boa prosa”, blog da servidora, tornou-se um podcast, no qual sua voz e textos são ouvidos e lembrados.
Desde julho de 2021, Scheilla Brevidelli teve sua “voz redescoberta”. A servidora do TRT2, transformou o que era um blog de crônicas, Uma boa prosa, em um podcast. A ideia surgiu da conversa com um colega que disse que poucas pessoas lêem blogs. “E como eu estava pensando num canal para os servidores divulgarem sua arte no TRT2, uma colega da Comunicação Social então me sugeriu para que eu fizesse um podcast meu e me sugeriu o nome NEM TE CONTO. Resolvi então ler as minhas crônicas lá”.
No começo, Scheilla conta que desanimou, já que as estatística da plataforma Anchor apresentavam poucos ouvintes. “Quase desisti. Mas viajei para Florianópolis e fui a um restaurante chamado Matryoska, de comida do leste europeu. O dono começou a conversar comigo e identificou minha voz, lembrou do meu podcast, disse que gostava muito e que essas estatísticas eram subestimadas. A partir dessa experiência emocionante, resolvi me dedicar ainda mais aos textos e à narração.”
Atualmente já no 48º episódio, a rotina de produção da servidora não tem nenhuma relação com o trabalho que desenvolve no tribunal. No entanto, ela divulga o conteúdo aos colegas no jornal diário “Bom Dia TRT”. “A rotina de produção é a gravação todo sábado. E eu tenho sempre que produzir textos no blog para que eu tenha material para o podcast. Eu gravo no próprio celular e importo para o Anchor, coloco uma música de fundo que o próprio app disponibiliza. Quando chamo alguém para contribuir, falo meu texto, apresento a pessoa e coloco o áudio dela no mesmo episódio, dando a idéia de continuidade. Não tenho um estúdio e nem tampouco um microfone especial. É tudo muito artesanal e caseiro. E também não trabalho com entrevistas. É apenas um espaço onde coloco minha voz, minhas reflexões e minhas memórias para que as pessoas me ouçam, já que todos falam que tenho uma voz potente e bonita!!!”
Embora não haja relação entre serviço público e o podcast, Scheilla aponta uma inspiração bastante nostálgica. “Na verdade, meu pai cantava numa rádio quando criança num programa chamado Clube do Papai Noel. Eu me identifico em vários aspectos artísticos com meu pai, que também era poeta e gostava de escrever.”
Clube Papai Noel foi um programa de rádio matinal de auditório apresentado todos os domingos pela Rádio Tupi de São Paulo e depois pela Rádio Difusora no bairro do Sumaré, em São Paulo. Foi ao ar entre as décadas de 1930 e 1940, mais precisamente em 1937, apresentado e dirigido por Homero Silva. Apresentavam-se crianças dentre as quais, posteriormente, se tornaram profissionais como Hebe Camargo, Cely Campello, Alda Perdigão e Wilma Bentivegna.
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