“Amor de Escravo”: Geovania Freitas lança seu quinto livro
Geovania Freitas é advogada, pós-graduada em Direito Processual Civil, oficial de Justiça Avaliadora do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região e poeta de coração. Se dedica aos versos e romances desde a adolescência e, há mais de 10 anos, compartilha suas produções e lançamentos no blog Espaço Cultural. No próximo dia 16/4, ela lançará seu quinto livro “Amor de Escravo”, publicado pela Editora da UFRPE. O evento será às 16h, na Livraria Jaqueira, em Recife.
“Eu cresci ouvindo histórias de engenhos e canaviais contadas por meu pai. Décadas depois fui nomeada como oficiala de justiça para trabalhar em Vitória de Santo Antão- PE, onde tinha uma vasta área canavieira de velhos engenhos e novas usinas de açúcar e álcool. Alguns anos atrás visitei o engenho Massangana, local onde Joaquim Nabuco passou sua infância na casa da madrinha. Chegou a pandemia, comecei uma nova graduação na UFRPE, desta vez em Ciências Sociais – pois minha formação é em Direito -, e na quarentena, lendo O Abolicionismo, de Joaquim Babuco, com aulas on line na quarentena, veio a inspiração para juntar todos os elementos e escrever Amor de Escravo.”
Sobre “Amor de Escravo”
O livro é um romance de ficção histórica que traz a narrativa para as últimas décadas do século XIX, que caminha em direção ao fim da escravidão no Brasil. Ambientado num engenho na região da mata sul de Pernambuco, tem passagens marcantes na adaptação do protagonista – menino branquinho de engenho -, na cidade do Recife, capital do estado, onde ele começa a estudar na Faculdade de Direito, cenário promissor de grandes poetas, juristas e intelectuais do Brasil, ainda colônia de Portugal.
Em período de plena efervescência de independência e principalmente pelo fim da escravidão – herança perene dos portugueses implantada na sociedade indígena brasileira -, os jovens da faculdade se unem a Joaquim Nabuco, líder abolicionista, em prol da causa escravagista. O racismo e o preconceito gerados com a escravidão não impedem de florescer entre os desiguais o amor, sentimento livre e tão igual para qualquer homem e acima de qualquer compreensão humana. Mas o difícil mesmo é vivê-lo.
“Todos os personagens são fictícios, menos Joaquim Nabuco”, diz a autora.
Mais sobre a autora
Em 2006, Geovania resolveu tornar públicas as suas poesias no livro “Noites Claras”, que pode ser encontrado nas melhores livrarias do país. Em 2007, publicou o romance regional “Pernambucana”, vencedor do prêmio Dulce Chacon da Academia Pernambucana de Letras. Em 2019, lançou seu quarto livro “O Inquilino Palhaço e Outros contos”, premiado pela Academia Pernambucana de Letras no mês de fevereiro de 2019 na categoria melhor livro de autoria de escritora nordestina. É membro da Academia de Letras do Brasil desde 2015.
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