A escritora e poeta Alice
A associada Alice Gurgel do Amaral é “muitas” ao mesmo tempo: jornalista, advogada, poeta, escritora, pós-doutoranda em Direito do Trabalho, pela École de Droit de la Sorbonne, Université Paris 1; servidora aposentada do TRT2 e presidente da Associação dos Aposentados da Justiça do Trabalho TRT2.
Para manter todas as facetas em harmonia é preciso muita inspiração, disciplina e dedicação, e ela tem de sobra. Além de se dedicar à escrita de artigos jurídicos, Alice também escreve poemas, crônicas e histórias infanto-juvenis. Para ela, é importante valorizar a produção autoral de idosos.
Apesar da pandemia, que impediu o lançamento presencial do livro “Vovó Soneca e a Pantufa Vermelha”, ela segue produzindo e, óbvio, priorizando sua saúde física e mental. Além da obra infantil, a poeta também lançou o livro “Alice no País das Poesias Profanas e Sagradas”.
“Coincidentemente são dois livros lançados para alegria e gratificação pessoal, já que há anos eu escrevo poesias e contos infantis”, diz.
Os dois livros estão à venda no site Livraria Cultura (“Vovó Soneca e a Pantufa Vermelha” e “Alice no País das Poesias Profanas e Sagradas“), da Estante Virtual e ainda nas lojas físicas das livrarias Martins Fontes e Cultura, localizadas na Avenida Paulista, em São Paulo (SP).
Confira a sinopse do livro infantil “Vovó Soneca e a Pantufa Vermelha” e o poema “Meu texto e a obra de arte” publicado em “Alice no País das Poesias Profanas e Sagradas”.
Sinopse “Vovó Soneca e a Pantufa Vermelha”
Trata-se da história de uma bruxa , que mora numa cidade grande e invade a casa de quatro garotinhas e rouba os óculos da vovó delas! A bruxa só consegue essa vitória, porque a vovozinha tem um sono tão profundo que não percebe nada! Por isso chama-se a Vovó Soneca ! Bem são muitas as divertidas aventuras mágicas!
Meu texto e a obra de arte
Por Alice Gurgel do Amaral
Meu texto e a obra de arte
Eu queria que o meu texto
fosse uma obra de arte.
Eu queria que o meu texto
fosse um quadro,
um verdadeiro quadro
pintado a cores e sem dores.
Que mostrasse espaços coloridos
bonitos de se verem.
E quando vazios,
eu os queria
inteiros,
preenchidos de amor e de luz.
Eu queria que o meu texto
fosse uma expressão de pincéis,
que mostrassem vida
e vida feliz, completamente.
E que se movimentassem
com sabedoria-alegria.
E expressando vida, embora apenas numa tela,
obra de arte misturada à obra da vida.
Vida perfeita,
colorida e sem rabiscos.
E que as palavras escolhidas e inspiradas
fossem os pincéis e as tintas,
que delineassem uma obra viva,
superando a obra de arte.
Eu queria que o meu texto
trouxesse felicidade
e companhia… a toda solidão
que nos deixa só, tão só.
Eu queria que o meu texto
fosse obra de arte falando da vida,
que é companhia
e me sustenta de afeto.
Preenchida estou, de cor
sem dor e com amor.
Meu texto está comigo
e, quem sabe,
com os outros
também.
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