Criação intuitiva

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Associado Cláudio Barros, do TRT22, dedica-se à escrita de textos em diversos formatos.

Para algumas pessoas, o processo criativo é cheio de percalços e torna-se uma barreira para a expressão artística. Para o associado Cláudio César de Oliveira Barros, do TRT22, é necessário apenas alguns minutos para transmitir as ideias para o papel.

Em formato de poema, e até quando o texto escrito não se encaixa em um formato, Cláudio deixa a criatividade fluir e compõe a sua história externando palavras. A tranquilidade do processo permite que ele aceite a inspiração, mesmo sem saber de onde ela vem. 

“A minha maior motivação é o desejo de que mais pessoas possam ter o conhecimento daquilo que acredito ser a realidade. Os temas são muito diversificados, mas boa parte são referentes à espiritualidade e reflexões relativas à evolução espiritual dos seres humanos”, explica o escritor.

Ele afirma que a maior parte de sua criação é intuitiva e cita as obras de Alan Kardec como referências de leitura. Se pudesse descrever a nossa conversa com um trecho de música, seria esse da canção “Tocando em Frente”, de Renato Teixeira e Almir Sater: “Cada um de nós compõe a sua história/ Cada ser em si/ Carrega o dom de ser capaz/ E ser feliz”.

Confira a seguir os textos compartilhados por Cláudio Barros. Caso queira entrar em contato com o associado, envie uma mensagem para o perfil do Facebook.

MARTÍRIO FÚTIL

Por Cláudio César de Oliveira Barros

Não se martirize por coisas pequenas e que apenas um punhado de pessoas sabe do que aconteceu, porque a vida é passageira e a memória do povo é fraca, pois se liga apenas no momento do acontecimento. Muitas vezes, nós somos os nossos próprios algozes, punindo-nos e remoendo uma tempestade que só nós mesmos vemos e proporcionamos as consequências inverídicas. 

Estamos em um mundo de aprendizado e o erro faz parte, portanto, não devemos nos sacrificar demasiadamente quando a má atitude é banal, mas devemos aprender com os erros, mesmos os fúteis, e tentar não cometer novamente, embora seja difícil não cair na tentação, mas a gente consegue.

Como já diz o meu velho e bom sábio pai, com suas sapientíssimas palavras, e que carrego uma frase para sempre, pois é um refrigério para os nossos martírios pessoais, ou seja: “Daqui a cem anos, meu filho, ninguém lembrará mais disso”. Então porque me preocupar com coisas tolas e passageiras e que muitas vezes só estão arraigadas no meu próprio pensamento. 

Temos tantas outras coisas para nos preocuparmos no cotidiano, que tolices deveriam ser jogadas para o final da fila, mas, às vezes, parece que gostamos de ser torturados pelos nossos pensamentos equivocados, deixando de lado o que verdadeiramente nos interessa e que são importantes em nossas vidas. 

Viver bem e vislumbrar a essência da felicidade não é ter tudo o que desejamos, mas almejar tudo aquilo que precisamos, e o que necessitamos mesmo realmente, é de uma boa amizade verdadeira, e amor, no entanto, estas relíquias não se compram, conquistam-se.

FARRAPO HUMANO 

Por Cláudio César de Oliveira Barros

Vivenciei a escravidão em terras longínquas, 
Onde antes promessas de trabalho me fizeram feliz, 
Mas a realidade vivida me consumia a alma, 
E as esperanças de dias melhores viraram pesadelo, 

O arrebatamento de trabalhadores é uma triste realidade, 
Os quais ficam cegos diante das ofertas, 
Que mascaram uma cruel certeza, 
Que é o transformar de suas vidas em um tormento, 

Ainda há muitos trabalhadores convivendo com este cenário, 
Onde por acaso me libertei, 
E que muitos flagelam e perecem a mingua, 
Jogados ao descaso e à própria sorte, 

Só sente em profundidade esta aflição, 
Quem o seu corpo oferece como escudo, 
Onde cicatrizes na pele remetem a dor, 
E na alma as feridas teimam em não sarar,
 
Perdidos e sós estão estes trabalhadores, 
Que um dia as ilusões lhes transformaram, 
Em homens-animais sobreviventes, 
Onde a família e a esperança já não lhes pertencem, 

Órgãos públicos competentes para fiscalização e proteção, 
Ficam inertes diante das dificuldades, 
Material humano e equipamentos são necessários, 
Mas a escassez é quase absoluta, 

Quem poderá libertá-los de seus algozes? 
Já que o poder público pouco se faz, 
As condições e os meios são empecilhos 
Assim, todos vão ficando para trás,
 
Pobres homens trabalhadores, 
Que no passado sorriam alegremente, 
Mesmo que em sua terra nascente nada houvesse 
Mas estavam felizes com sua gente.

O que é felicidade?

Por Cláudio César de Oliveira Barros

A felicidade é uma palavra de difícil definição e que não deveria existir no dicionário dos seres humanos, pelo simples fato de ela não existir integralmente no seu sentido. 

Felicidade é uma palavra que foi inventada na antiguidade, porém, este termo incomensurável é meio complexo, por não existir um significado apropriado, ou seja, não tem outra palavra definidora para comparar a grandeza que ela preza. 

Penso que o homem por admirar e contemplar Deus, e nele tentar se espelhar, tem a vontade de se assemelhar ao Supremo em suas características, vislumbrando o pseudo semblante humano na divindade, e despertando a bem-aventurança e o regozijo divino em seu pensamento utópico do panteísmo.

A verdadeira felicidade não se traduz em possuir bens materiais, mas sim, em conquistar bens espirituais, portanto, ela não existe plenamente no mundo em que vivemos, devido a nossa imperfeição moral.

Claro que devemos trabalhar honestamente e usufruir dos benefícios do nosso suor, compartilhando as conquistas com os que nos rodeiam, pois faz parte da nossa vida atual, no entanto, de nada vale o muito se não for compartilhado com o pouco, pois o quinhão e as glórias que alguns almejam nesta vida, talvez seja pouco para as verdadeiras obras na visão divina.

Os nossos momentos de alegrias podem ser traduzidos por lapsos de felicidade e dela se aproxima, mas apenas por permissão e presente do criador, porém, as adversidades negativas do cotidiano nos afasta do verdadeiro sentimento de contemplação, e que só é sentido em sua essência por seres de alta evolução intelectual, moral e espiritual, mas a gente chega lá, é só uma questão de tempo, e muito tempo para alguns, portanto, para pularmos alguns degraus da nossa evolução espiritual, devemos nos policiar e abreviar as nossas más atitudes e pensamentos negativos.

E ASSIM É A VIDA…

Por Cláudio César de Oliveira Barros

Quando criança é alegre, energético e saltitante,
Brinca e pula que nem pipoca, correndo a todo instante,
A pele é macia e lustrosa, parecendo veludo,
Tem de todo os tipos, do carequinha ao cabeludo,

O prazer de brincar é constante, a toda hora,
Principalmente quando os coleguinhas chamam: “bora, bora”,
A preocupação é quase zero, nada importa, só diversão,
Que tempo bom, que saudade, volta mais não,

A juventude chega, o vigor e a beleza chamam a atenção,
A mocidade se derrete, estraçalha coração,
Todos querem ficar perto, é a grande sensação,
Namora todas com fervor, extasiado de paixão,

As noitadas com os amigos são alegres, são demais,
Extrapola as madrugadas, diversões que esquece jamais,
Nada de ressaca, não tem dor alguma,
É um bicho de energia, um animal que nem um puma,

Mais nem tudo na vida é alegria, pois a idade vai chegando,
Uma dor aqui e outra ali, assim as coisas vão piorando,
Mas nada de lamentação, só quando se olha no espelho,
Ele freia o seu impulso, é seu grande conselheiro,

Sua vida é muito boa, não tendo nada a lamentar,
Tem amigos, tem família, presentes maiores ela não pode lhe dar,
Vai vivendo a vida, agradecendo todos os dias, com alegria e satisfação,
Até quando sua hora chegar, mas vai de coração.

*Laís Costa, da assessoria

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