Ouvinte voraz e compositor, servidor do TRT4 lança terceiro disco com músicas autorais
Martha Medeiros e Fabrício Carpinejar são alguns dos parceiros nas composições inéditas do terceiro disco, lançado este ano, pelo servidor do TRT4, Rogério Ratner. “Canções para Leitores” é o resultado da atividade paralela realizada na música ou como ele prefere definir: “funciona como se fosse um hobbie, mas que eu levo muito a sério.”
“A ideia de tocar um instrumento e cantar foi surgindo na minha infância, escutando rádio, discos. Meu avô era um cantor amador, e minha irmã começou a aprender violão, e eu peguei carona. No fim eu segui tocando violão e ela desistiu. Não há nada que eu ache mais emocionante que a música, então daí, talvez, é que veio a vontade de ser músico.”
Ouvinte voraz, Rogério vai da MPB ao reggae, “mas se tivesse que apontar algumas influências mais claras, é o pessoal de Minas (Clube da Esquina) e do pop rock brasileiro dos anos 80”, disse. Enquanto compositor, ele explica que o processo de criação das músicas é muito diverso. “Tem músicas que surgiram a partir de uma ideia de letra (uma frase, alguns versos). Outras surgiram tocando violão, quando aparece alguma sequência de acordes interessante, uma melodia que pode encaixar. Enfim, não há uma regra única de como fazer uma música. Por mais que seja um chavão, creio que é preciso inspiração, por ser um mistério saber de onde ela vem, e porque aparece numa ocasião e não em outra.”
Além da formação musical, Rogério afirma que é preciso se dedicar a música, e definir uma proposta, de acordo com sua história e gosto musical. “Não adianta fazer música para imitar os outros ou não se sentir à vontade. É preciso seguir um caminho próprio, claro que as influências são bem vindas e inevitáveis. Mas é preciso fazer um trabalho que te agrade esteticamente e que corresponda ao que queres passar com a tua música. Não adianta nada adotar um estilo ou proposta para supostamente tentar fazer sucesso comercial, sem que aquilo corresponda à tua verdade como compositor, músico, cantor.”
Os dois últimos discos, “Crendices Vãs”, lançado em 2005, e “Canções para Leitores”, de 2016, têm em comum a maneira como foram gravados em estúdio. “O primeiro, de 1995, chamado “Rogério Ratner”, foi feito com uma banda no estúdio. Foi bem trabalhoso, porque antes de estarmos prontos para gravar tivemos que ensaiar, uma vez que trabalho com músicos profissionais contratados. Ficou muito bom o resultado. O segundo e o terceiro CDs já foram num esquema diferente: o meu guitarrista, Ciro Moreau, que também é o meu arranjador, produtor musical, etc., faz a programação por samplers e como ele é um músico de altíssima qualidade, conseguiu programar todos os instrumentos e fazer soar como se fosse uma banda. Enfim, quem ouve não sabe dizer se foi uma banda que tocou ou não”, explicou.
A banda “física” foi montada antes dos shows, com a presença de um baterista, um baixista e um tecladista. “Depois de fazer a gravação da instrumentação e dos vocais, é necessário fazer a mixagem e a masterização. Na mixagem os sons dos vários instrumentos e da voz são equalizados, para que tudo fique numa altura adequada. A masterização serve para tornar o som mais redondo, dá pra dizer assim”, disse.
Para conferir as canções do CD recém-lançado, acesse o vídeo no Youtube e confira também no site oficial de Rogério outras informações sobre sua trajetória musical. O contato direto com o músico pode ser feito pelo e-mail: ratner@trt4.jus.br.
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