A arte de amar, desamar e escrever de Roberson Santos
o coração ama ou desama… …o coração de quem ama… …com a mente mentaliza e ama |
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(Trecho de Amar e desamar) |
Mário Quintana escreveu que a poesia que nos toca é aquela que “nos surge do coração como um grito, seja de amor, de ódio, de espanto ou encantamento”. A poesia é talvez a mais antiga forma de se cantar o amor, a dor e o desamor, temas sempre retratados pelo técnico judiciário do TRT da 2ª Região e associado da ANAJUSTRA, Roberson Silva dos Santos em seus textos.
Apesar de ainda não ter nenhuma obra publicada, ele revela que seu grande prazer é o ato escrever. Um ato, segundo ele, “desafiador, estimulante, prazeroso, doloroso”.
Ele conta também que já escreveu algumas “estórias” e tem ainda escritos sobre fatos da própria infância. E acrescenta “talvez, poderia dizer poemas, mas prefiro escritos”.
Confira a íntegra de Amar e desamar
“Amar e desamar”
A mente mentaliza,
os olhos olham,
os ouvidos ouvem,
o nariz olfata,
a boca abocanha,
os braços abraçam,
as mãos manejam,
as costas encostam,
a barriga roça,
as nádegas assentam,
as pernas perneiam,
os pés pisam,
o corpo encorpa,
o coração ama
ou desama…
…o coração de quem ama…
…com a mente mentaliza e ama,
com os olhos olha e ama,
com os ouvidos ouve e ama,
com o nariz olfata e ama,
com a boca abocanha e ama,
com os braços abraça e ama,
com as mãos maneja e ama,
com as costas encosta e ama,
com a barriga roça e ama,
com as nádegas assenta e ama,
com as pernas perneia e ama,
com os pés pisa e ama,
com o corpo encorpa e ama
o coração bate e ama…
…o coração de quem desama…
…com a mente mentaliza e desama,
com os olhos olha e desama,
com os ouvidos ouve e desama,
com o nariz olfata e desama,
com a boca abocanha e desama,
com os braços abraça e desama,
com as mãos maneja e desama,
com as costas encosta e desama,
com a barriga roça e desama,
com as nádegas assenta e desama,
com as pernas perneia e desama,
com os pés pisa e desama,
com o corpo encorpa e desama
o coração bate e desama
(Roberson Silva dos Santos)
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