Servidor e escritor do TRT-1 se dedica a blog religioso-espiritualista

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“Escrever é, e sempre será, a arte de tornar-se eterno sem plásticas ou fórmulas químicas.” A definição do que é a escrita para o servidor do Tribunal Regional do Trabalho da Primeira Região, Luiz Antonio de Moura, revela uma das aptidões exercidas por ele diariamente, dentro e fora do Tribunal. Moura atua na redação de minutas de decisões e de votos há 22 anos no regional fluminense e tem, ainda, o blog com temática religiosa “Sementes de Vida: É tempo de semear” e afirma que alguns temas “vão aparecendo à minha frente, fios de neurônios são conectados àquelas situações específicas e os textos vão surgindo naturalmente.”

Formado em Direito e cursando o 2º ano de Teologia no Instituto Teológico Francisco (ITF), em Petrópolis, a leitura e a escrita são atividades constantes em sua vida e foram intensificadas no ensino médio e, posteriormente, na faculdade quando percebeu a facilidade que tinha para escrever sobre vários assuntos.

“Enfrento qualquer tema. Enquanto vários colegas viviam em buscas das tradicionais xerox desse ou daquele livro, eu comprava livros em sebos (sempre fui rato de livraria), e livros muito bons. Possuo clássicos da literatura jurídica. Para tanto, conto com uma humilde biblioteca particular, com um acervo em torno de 2000/2500 títulos que, embora modesta, fornece o suporte necessário nas horas mais difíceis. Além, é claro e óbvio, de bons dicionários e de livros de português, para auxiliar na escrita correta”, afirma.

Ao ler e escrever, ele vai “saboreando as palavras, deslizando por entre a pontuação, de modo a entender o texto, chegando mesmo a vivenciá-lo em cada linha. Alguns dos meus escritos antigos – já com quinze ou vinte anos – chegam, ainda hoje, a causar emoção quando os leio. No entanto, escrever é uma arte e, como tal, deve ser tratada com carinho e dedicação. Uma palavra bem colocada é capaz de melhorar o mundo. Mal colocada, pode arruinar tudo.”

Apelar para a criação mental de um texto, na falta de um teclado para desenvolver o tema, é uma das técnicas do escritor para não perder completamente a inspiração ou, ainda, escrever rapidamente, “incluindo inúmeros erros de grafia e de concordância. Depois que o texto está pronto, repasso linha por linha, parágrafo por parágrafo e vou ajustando melhor as palavras, vou trabalhando as concordâncias para então, e somente então, ter um texto que me agrada. A essência, porém, foi preservada. Desenvolvi uma abertura natural dos tímpanos para as inspirações. Quando consigo um tempinho para redigir… mais da metade evaporou. Não que eu não consiga mais escrever sobre aquele tema, mas a beleza daquela inspiração inicial foi perdida”, explica.

Como leitor, Moura indica alguns de seus livros preferidos e o primeiro é a Bíblia Sagrada, “justamente por ser um livro bastante complexo e profundo. Esse é o livro por excelência. Depois, posso indicar a biografia de Fiódor Mikháilovitch Dostoiévski (cinco volumes) escrita por Joseph Frank, editada pela Edusp. Indico também outro tijolaço: “Direito Constitucional e Teoria da Constituição” de J.J. Canotilho, editado pela Livraria Almedina (Portugal) e, por fim, “Sistema de Direito Processual Civil” (4 volumes) de Francesco Carnelutti, editado pela ClassicBook. São obras que tenho comigo e das quais, no conjunto, já li mais de 80%. Por serem volumosas, consomem anos de leitura.”

Como escritor, ele explica que o processo criativo do conteúdo do blog é constante e mais simples do que escrever uma redação de voto, por exemplo, por conta da formação religiosa-espiritualista e aproveita qualquer tempo cronológico para produzir ou ler. “Enquanto estou acordado estou produzindo ideias, de forma concreta – escrevendo – ou abstrata – refletindo sobre questões importantes e atuais. Quando, mesmo acordado, não estou produzindo nada, estou lendo algum livro relacionado com os temas que me empolgam na atualidade. Veja, o fato de estar cursando o 2º ano de Teologia não me restringe aos temas religiosos não. Estou antenado com a história, com a sociologia, com a antropologia, com a filosofia, com o direito etc. Sou um ser pensante e, por esta razão, preciso dar vazão a tudo isso: na escrita.”

Sobre o blog

“O blog está dividido em diversas páginas. Para facilitar um pouco a minha vida, que já é bastante atribulada (sou casado e pai de um filho adolescente, com 17 anos de idade), decidi criar um controle de publicações: alguns posts são atualizados diariamente, outros, mensal, quinzenal ou semanalmente. Uns poucos temas, deixei para atualizá-los de forma livre, como, por exemplo, as reflexões. Escrevo quando tenho inspiração boa. Isso às vezes ocorre duas vezes por semana; n’outras ocasiões, uma vez por semana”, explica.

A interação com os leitores é feita por uma página criada por Moura no Facebook e pelo “fale conosco” do blog, onde recebe mensagens dos leitores constantemente. O alcance dos posts é medido pelo escritor que destaca a visualização da página na rede social, no último mês, “por mais de 155 mil pessoas no Brasil; 22.438 no Paraguai; 17.685 na Venezuela; 7.209 no Equador; 3.285 em El Salvador; 1.112 no Chile; 319 nos EUA; 152 em Portugal; 28 na França; 15 no Japão; 11 no Canadá; 7 no Egito; 5 na Bélgica. Essa página já conta com quase 4000 curtidas e, segundo as estatísticas do Google, tem excelente visibilidade tanto no Brasil como, por exemplo, na Venezuela, Paraguai, Equador, El Salvador, Portugal, EUA e outros países da Europa e do Oriente. Nestes últimos, o alcance das publicações é ínfimo, muito pequeno mesmo, mas, de algum modo a mensagem vai longe.” 

O trecho que inicia esse post é do texto “A arte de escrever” que, segundo Luiz Antonio, “irrita bastante os defensores dos textos concisos e objetivos. Mas, é um dos meus preferidos, justamente porque penso que, quem gosta de escrever deve fazê-lo do jeito que melhor lhe convier, leia quem quiser. Se o sujeito gosta de fazer leitura dinâmica, não pode me obrigar a produzir escrita dinâmica. Eu escrevo do meu jeito e ele que leia da forma que julgar mais conveniente. No entanto, escrever é uma arte e, como tal, deve ser tratada com carinho e dedicação.”

Confira abaixo um parágrafo desse texto e outras “escritas” selecionadas pelo servidor. Para entrar em contato com Moura, além da página do Facebook e do blog, é possível enviar e-mail para os endereços lisaac@uol.com.br ou sementesdevida@uol.com.br.  

A arte de escrever

“Escrever é, em última análise, perpetuar-se em apenas um momento da vida. Enquanto muitos homens gostariam de ser eternamente reconhecidos, passando anos a fio construindo obras faraônicas, outros se tornam eternos após poucos dias dedicados à produção literária. A história está cheia destes exemplos. Vejam-se os casos de Sun Tzu e de Cícero, apenas para ficar nestes exemplos. Portanto, escrever é, e sempre será, a arte de tornar-se eterno sem plásticas ou fórmulas químicas. Basta ter um pedaço de papel e um simples lápis. Com boa imaginação e desenvoltura, o escritor viaja mundo afora, cria novos mundos, fica rico ou fica pobre em questão de segundos, mata ou morre, desvenda ou encobre mistérios, sobe ao céu ou desce ao inferno e, assim, caminha rumo ao infinito e à eternidade!” (15 de julho de 1999).

Sou imortal!

Sou imortal ! Mesmo que meu corpo morra e meus ossos sejam cremados, sou imortal! Ainda que meu espírito caminhe para o inferno ou desfrute do céu, sou imortal!
                                        
 Minha vida é eterna, meu ser é eterno e nada, nem mesmo a morte do corpo, nem os abismos mais profundos serão capazes de impedir meu espírito de caminhar para sempre. Meu descanso será viajar pelo mais infinito do universo. Meu deleite será poder desfrutar do incrível, do eternamente misterioso e minha felicidade será, junto com outros eternos, poder contemplar face a face o criador de todas essas maravilhas.
                                    
Sou imortal! Pude ver o meu corpo. Pude ver outros corpos. Pude sentir o vagar do meu espírito e pude ver outros espíritos caminhando rumo ao eterno. E minha alegria estava completa. Minha alegria era completa. Minha alegria é completa. Sou imortal! Viverei para sempre, ainda que meu corpo morra, meus ossos sejam cremados e as cinzas sejam lançadas e espalhadas para todos os lados. Sou imortal, porque não sou o que se vê e nem o que se sente. Sou imortal, porque sou essência, sou magnetismo, sou raio e sou trovão; sou luz e sou escuridão. Sou imortal! Sou santo e sou pecador, sou criatura e sou criador, sou imagem e sou semelhança.

Sou imortal! Eternamente imortal! 
(Luiz Antonio de Moura – 24.07.98)

Tu és Pedro!

“O homem realmente não é nada, até que o Espírito toque o seu coração e o transforme naquilo que o Criador deseja, e faça dele, nele e através dele tudo o que estiver escondido no insondável coração de Deus. A história da civilização, tenha lá a idade que tiver, até quanto temos conhecimento, está cheia de exemplos nesse sentido. E, se quisermos, conseguimos catalogar muitos outros menos famosos ou mais remotos e escondidos no meandros do passado. Se não desejarmos descer os degraus da história, podemos investigar o presente, e novamente vamos encontrar tantos exemplos quantos forem do nosso interesse.”

Por que arrepender-se e converter-se?

“Ainda ecoa em nossos ouvidos as admoestações de João Batista e de Jesus, ao povo que os rodeava, dizendo: “arrependam-se e convertam-se”. Claro que em outros termos. No entanto, cabe investigar as razões de ambos, e de cada um deles, para fazerem tais exortações. João, como precursor, tinha por objetivo preparar o caminho para Jesus Cristo que, por sua vez, tinha a missão de salvar a humanidade de toda a condenação que recaía sobre ela, desde que nossos primeiros pais foram expulsos do paraíso.

É bom não esquecer que, condenação significa, em linguagem bíblica, “morte eterna”, enquanto salvação significa “vida eterna”. Por esta razão Jesus afirma: “Eu vim para tenham vida e vida em abundância” (Jo 10, 10).

Podemos começar a partir deste ponto então: arrependimento e conversão são verbos interdependentes, porque uma ação pressupõe a outra. Ou seja, sem arrependimento não existe possibilidade de conversão, e sem conversão, não existe verdadeiro arrependimento. Portanto, é preciso que o homem, fazendo uma profunda, sincera e honesta auto avaliação, arrependa-se dos seus erros e dê início ao processo de conversão. Tanto o arrependimento quanto a conversão fazem parte de um continuo e ininterrupto processo de vida que, uma vez iniciado, não tem, e nem deve ter, fim, para o bem do próprio homem.”

Policarpo – Discípulo do Apóstolo João 

“São Policarpo é um dos principais elos da tradição cristã. Tradição, é bom que fique claro, no sentido original da palavra derivada do latim “traditio, tradere”, entregar, passar adiante, contribuir para a continuidade. É exatamente nesse sentido que devemos pensar e falar sobre São Policarpo, que ainda jovem, conheceu, conviveu e aprendeu tudo o que sabia sobre Jesus com o Apóstolo João, sendo por ele investido no cargo de Bispo de Esmirna.

João que, como sabemos, foi íntimo de Jesus, que por ele tinha um carinho todo especial, a ponto de, do alto da cruz, pouco antes de dar o último suspiro, entrega-lo aos cuidados de sua Mãe, Maria.

Pois bem, Policarpo bebeu nessa fonte e dela levou água pura e cristalina para os cristãos do seu tempo, contribuindo sobremaneira para a difusão o Evangelho de Jesus Cristo e para o que viria a ser denominado mais tarde como “sucessão apostólica”.

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Formado em Direito e cursando o 2º ano de Teologia no Instituto Teológico Francisco (ITF), em Petrópolis, a leitura e a escrita são atividades constantes em sua vida e foram intensificadas no ensino médio e, posteriormente, na faculdade quando percebeu a facilidade que tinha para escrever sobre vários assuntos.

“Enfrento qualquer tema. Enquanto vários colegas viviam em buscas das tradicionais xerox desse ou daquele livro, eu comprava livros em sebos (sempre fui rato de livraria), e livros muito bons. Possuo clássicos da literatura jurídica. Para tanto, conto com uma humilde biblioteca particular, com um acervo em torno de 2000/2500 títulos que, embora modesta, fornece o suporte necessário nas horas mais difíceis. Além, é claro e óbvio, de bons dicionários e de livros de português, para auxiliar na escrita correta”, afirma.

Ao ler e escrever, ele vai “saboreando as palavras, deslizando por entre a pontuação, de modo a entender o texto, chegando mesmo a vivenciá-lo em cada linha. Alguns dos meus escritos antigos – já com quinze ou vinte anos – chegam, ainda hoje, a causar emoção quando os leio. No entanto, escrever é uma arte e, como tal, deve ser tratada com carinho e dedicação. Uma palavra bem colocada é capaz de melhorar o mundo. Mal colocada, pode arruinar tudo.”

Apelar para a criação mental de um texto, na falta de um teclado para desenvolver o tema, é uma das técnicas do escritor para não perder completamente a inspiração ou, ainda, escrever rapidamente, “incluindo inúmeros erros de grafia e de concordância. Depois que o texto está pronto, repasso linha por linha, parágrafo por parágrafo e vou ajustando melhor as palavras, vou trabalhando as concordâncias para então, e somente então, ter um texto que me agrada. A essência, porém, foi preservada. Desenvolvi uma abertura natural dos tímpanos para as inspirações. Quando consigo um tempinho para redigir… mais da metade evaporou. Não que eu não consiga mais escrever sobre aquele tema, mas a beleza daquela inspiração inicial foi perdida”, explica.

Como leitor, Moura indica alguns de seus livros preferidos e o primeiro é a Bíblia Sagrada, “justamente por ser um livro bastante complexo e profundo. Esse é o livro por excelência. Depois, posso indicar a biografia de Fiódor Mikháilovitch Dostoiévski (cinco volumes) escrita por Joseph Frank, editada pela Edusp. Indico também outro tijolaço: “Direito Constitucional e Teoria da Constituição” de J.J. Canotilho, editado pela Livraria Almedina (Portugal) e, por fim, “Sistema de Direito Processual Civil” (4 volumes) de Francesco Carnelutti, editado pela ClassicBook. São obras que tenho comigo e das quais, no conjunto, já li mais de 80%. Por serem volumosas, consomem anos de leitura.”

Como escritor, ele explica que o processo criativo do conteúdo do blog é constante e mais simples do que escrever uma redação de voto, por exemplo, por conta da formação religiosa-espiritualista e aproveita qualquer tempo cronológico para produzir ou ler. “Enquanto estou acordado estou produzindo ideias, de forma concreta – escrevendo – ou abstrata – refletindo sobre questões importantes e atuais. Quando, mesmo acordado, não estou produzindo nada, estou lendo algum livro relacionado com os temas que me empolgam na atualidade. Veja, o fato de estar cursando o 2º ano de Teologia não me restringe aos temas religiosos não. Estou antenado com a história, com a sociologia, com a antropologia, com a filosofia, com o direito etc. Sou um ser pensante e, por esta razão, preciso dar vazão a tudo isso: na escrita.”

Sobre o blog

“O blog está dividido em diversas páginas. Para facilitar um pouco a minha vida, que já é bastante atribulada (sou casado e pai de um filho adolescente, com 17 anos de idade), decidi criar um controle de publicações: alguns posts são atualizados diariamente, outros, mensal, quinzenal ou semanalmente. Uns poucos temas, deixei para atualizá-los de forma livre, como, por exemplo, as reflexões. Escrevo quando tenho inspiração boa. Isso às vezes ocorre duas vezes por semana; n’outras ocasiões, uma vez por semana”, explica.

A interação com os leitores é feita por uma página criada por Moura no Facebook e pelo “fale conosco” do blog, onde recebe mensagens dos leitores constantemente. O alcance dos posts é medido pelo escritor que destaca a visualização da página na rede social, no último mês, “por mais de 155 mil pessoas no Brasil; 22.438 no Paraguai; 17.685 na Venezuela; 7.209 no Equador; 3.285 em El Salvador; 1.112 no Chile; 319 nos EUA; 152 em Portugal; 28 na França; 15 no Japão; 11 no Canadá; 7 no Egito; 5 na Bélgica. Essa página já conta com quase 4000 curtidas e, segundo as estatísticas do Google, tem excelente visibilidade tanto no Brasil como, por exemplo, na Venezuela, Paraguai, Equador, El Salvador, Portugal, EUA e outros países da Europa e do Oriente. Nestes últimos, o alcance das publicações é ínfimo, muito pequeno mesmo, mas, de algum modo a mensagem vai longe.” 

O trecho que inicia esse post é do texto “A arte de escrever” que, segundo Luiz Antonio, “irrita bastante os defensores dos textos concisos e objetivos. Mas, é um dos meus preferidos, justamente porque penso que, quem gosta de escrever deve fazê-lo do jeito que melhor lhe convier, leia quem quiser. Se o sujeito gosta de fazer leitura dinâmica, não pode me obrigar a produzir escrita dinâmica. Eu escrevo do meu jeito e ele que leia da forma que julgar mais conveniente. No entanto, escrever é uma arte e, como tal, deve ser tratada com carinho e dedicação.”

Confira abaixo um parágrafo desse texto e outras “escritas” selecionadas pelo servidor. Para entrar em contato com Moura, além da página do Facebook e do blog, é possível enviar e-mail para os endereços lisaac@uol.com.br ou sementesdevida@uol.com.br.  

A arte de escrever

“Escrever é, em última análise, perpetuar-se em apenas um momento da vida. Enquanto muitos homens gostariam de ser eternamente reconhecidos, passando anos a fio construindo obras faraônicas, outros se tornam eternos após poucos dias dedicados à produção literária. A história está cheia destes exemplos. Vejam-se os casos de Sun Tzu e de Cícero, apenas para ficar nestes exemplos. Portanto, escrever é, e sempre será, a arte de tornar-se eterno sem plásticas ou fórmulas químicas. Basta ter um pedaço de papel e um simples lápis. Com boa imaginação e desenvoltura, o escritor viaja mundo afora, cria novos mundos, fica rico ou fica pobre em questão de segundos, mata ou morre, desvenda ou encobre mistérios, sobe ao céu ou desce ao inferno e, assim, caminha rumo ao infinito e à eternidade!” (15 de julho de 1999).

Sou imortal!

Sou imortal ! Mesmo que meu corpo morra e meus ossos sejam cremados, sou imortal! Ainda que meu espírito caminhe para o inferno ou desfrute do céu, sou imortal!
                                        
 Minha vida é eterna, meu ser é eterno e nada, nem mesmo a morte do corpo, nem os abismos mais profundos serão capazes de impedir meu espírito de caminhar para sempre. Meu descanso será viajar pelo mais infinito do universo. Meu deleite será poder desfrutar do incrível, do eternamente misterioso e minha felicidade será, junto com outros eternos, poder contemplar face a face o criador de todas essas maravilhas.
                                    
Sou imortal! Pude ver o meu corpo. Pude ver outros corpos. Pude sentir o vagar do meu espírito e pude ver outros espíritos caminhando rumo ao eterno. E minha alegria estava completa. Minha alegria era completa. Minha alegria é completa. Sou imortal! Viverei para sempre, ainda que meu corpo morra, meus ossos sejam cremados e as cinzas sejam lançadas e espalhadas para todos os lados. Sou imortal, porque não sou o que se vê e nem o que se sente. Sou imortal, porque sou essência, sou magnetismo, sou raio e sou trovão; sou luz e sou escuridão. Sou imortal! Sou santo e sou pecador, sou criatura e sou criador, sou imagem e sou semelhança.

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(Luiz Antonio de Moura – 24.07.98)

Tu és Pedro!

“O homem realmente não é nada, até que o Espírito toque o seu coração e o transforme naquilo que o Criador deseja, e faça dele, nele e através dele tudo o que estiver escondido no insondável coração de Deus. A história da civilização, tenha lá a idade que tiver, até quanto temos conhecimento, está cheia de exemplos nesse sentido. E, se quisermos, conseguimos catalogar muitos outros menos famosos ou mais remotos e escondidos no meandros do passado. Se não desejarmos descer os degraus da história, podemos investigar o presente, e novamente vamos encontrar tantos exemplos quantos forem do nosso interesse.”

Por que arrepender-se e converter-se?

“Ainda ecoa em nossos ouvidos as admoestações de João Batista e de Jesus, ao povo que os rodeava, dizendo: “arrependam-se e convertam-se”. Claro que em outros termos. No entanto, cabe investigar as razões de ambos, e de cada um deles, para fazerem tais exortações. João, como precursor, tinha por objetivo preparar o caminho para Jesus Cristo que, por sua vez, tinha a missão de salvar a humanidade de toda a condenação que recaía sobre ela, desde que nossos primeiros pais foram expulsos do paraíso.

É bom não esquecer que, condenação significa, em linguagem bíblica, “morte eterna”, enquanto salvação significa “vida eterna”. Por esta razão Jesus afirma: “Eu vim para tenham vida e vida em abundância” (Jo 10, 10).

Podemos começar a partir deste ponto então: arrependimento e conversão são verbos interdependentes, porque uma ação pressupõe a outra. Ou seja, sem arrependimento não existe possibilidade de conversão, e sem conversão, não existe verdadeiro arrependimento. Portanto, é preciso que o homem, fazendo uma profunda, sincera e honesta auto avaliação, arrependa-se dos seus erros e dê início ao processo de conversão. Tanto o arrependimento quanto a conversão fazem parte de um continuo e ininterrupto processo de vida que, uma vez iniciado, não tem, e nem deve ter, fim, para o bem do próprio homem.”

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“São Policarpo é um dos principais elos da tradição cristã. Tradição, é bom que fique claro, no sentido original da palavra derivada do latim “traditio, tradere”, entregar, passar adiante, contribuir para a continuidade. É exatamente nesse sentido que devemos pensar e falar sobre São Policarpo, que ainda jovem, conheceu, conviveu e aprendeu tudo o que sabia sobre Jesus com o Apóstolo João, sendo por ele investido no cargo de Bispo de Esmirna.

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Inspirado por Drummond, Vinícius e Caetano, o livro é uma homenagem aos pais do autor e aos grandes poetas populares brasileiros.

”Meu pai Antônio, falecido recentemente, me trouxe o gosto pela melodia. Minha mãe, Margarida, me deu o ‘amos’ pelas letras, escrita, cultura e os livros.  O título ‘Margaridas para Antônios’ vem daí.”

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