Espaço Cultural: associado é indicado para a Academia de Letras
O associado e escritor Ari Heck, frequente colaborador do blog Espaço Cultural da ANAJUSTRA Federal, está prestes a alcançar um marco histórico ao ser indicado para ocupar a Cadeira nº 32 da tradicional Academia Rio-Grandense de Letras. Caso seja escolhido, Heck se tornará o primeiro imortal deficiente do Rio Grande do Sul. A escolha do novo membro será realizada em uma Assembleia Geral marcada para esta quinta-feira, 29/6, na sede da Academia, em Porto Alegre.
A indicação foi divulgada pela Academia, que selecionou três escritores para concorrerem à cadeira deixada vaga após o falecimento de seu último ocupante, que tem como patrono Pedro Velho. Além de Heck, concorrem à cadeira Gilberto Schwartsmann e Mario Augusto Pires Pool.
“O fato de constar numa lista tão especial como essa já é motivo de orgulho para mim.É o reconhecimento pelo meu trabalho literário com 6 obras publicadas, participação em outras obras, além do trabalho literário desenvolvido com jovens e adolescentes e, acima de tudo, com os estudantes do RS. Além disso, ter uma pessoa com deficiência na lista de candidatos já é uma vitória, pois inspira os jovens”, afirmou o escritor.
Entre os livros publicados por Heck estão “O que é ser jovem?”, “Poemas sem preconceito”, “A trajetória de um lutador”, “Pé na estrada: uma aventura sem limites” e “Arizinho: um jogador muito especial”. Este ano, ele lançou “Arizinho e a Pandemia”, que se tornou uma referência para o retorno às aulas presenciais. Além de sua produção literária, Ari Heck também contribui com artigos em jornais e sites, e possui participações em diversas obras coletivas.
Com entusiasmo, o escritor destaca: “devemos acreditar nos nossos sonhos, porque quando estudava na Escola Estadual Barão do Rio Branco em Boa Vista do Buricá (Noroeste do RS) sonhava um dia publicar um livro, depois outro, depois mais um e nunca imaginei um dia ser lembrado para ocupar uma cadeira na Academia, porque achava que era um sonho distante. Hoje o sonho está realizado e todos os boa-vistenses sabem o quanto sofri na infância, vitimado pela Poliomielite e um dos sete filhos de pequenos agricultores. Isso mostra que o ensino é fundamental para rompermos as barreiras e que precisamos ter sonhos e acreditar neles, além disso, sou prova viva de que incluir o deficiente dá resultado”.
Acessos: 603