Câmara instala comissão especial da reforma administrativa

Entidades representativas e deputados contrários à reforma pedem a suspensão da tramitação da proposta.

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Deputado Fernando Monteiro, presidente do colegiado.  - Agência Câmara

Deputado Fernando Monteiro, presidente do colegiado. – Agência Câmara

A Câmara dos Deputados instalou nesta quarta-feira, 9/6, a comissão especial que vai analisar o mérito da reforma administrativa (PEC 32/2020). O deputado Fernando Monteiro (PP-PE) foi eleito presidente do colegiado e o deputado Arthur Oliveira Maia (DEM-BA) foi indicado relator da matéria.

Fernando Monteiro disse que vai conduzir os trabalhos com imparcialidade. “Não seremos nem governo, nem oposição, mas promotores do diálogo, em um debate amplo, franco e aberto”, declarou. Já o relator, Arthur Oliveira Maia, defendeu um debate sem disputas políticas. “O pior pecado que poderemos cometer será transformar o debate em disputa entre defensores do funcionalismo público e os inimigos do serviço público. Todos os parlamentares têm a tarefa de qualificar o serviço público no Brasil”, pontuou.

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O prazo para o relator proferir seu parecer será de até 40 sessões da Casa, contadas a partir da data de instalação da comissão. O prazo para apresentação de emendas será de 10 sessões, contadas a partir de hoje, 10/6. Cada emenda terá de ser assinada por 171 deputados.

A proposta de emenda à Constituição que trata do tema recebeu inúmeras críticas de parlamentares e representantes de servidores durante as audiências públicas na Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania (CCJC). Caso seja aprovada na comissão especial, a proposta vai para o Plenário da Casa, onde precisa de aprovação em dois turnos de votação, por três quintos (318) dos deputados. O rito deve ser repetido no Senado Federal.

Entre os pontos mais polêmicos estão a perda da estabilidade, a criação de novos vínculos com a administração pública, a facilitação de privatização de serviços e empresas, entre outros. Em dezembro de 2020, a diretora de assuntos legislativos da ANAJUSTRA Federal, Glauce de Oliveira Barros, publicou um estudo no qual aponta as ilegalidades contidas na proposta e suas ameaças ao funcionalismo e a toda a sociedade.

Assista ou reveja a reunião do colegiado que instalou a comissão especial

Para o assessor parlamentar da ANAJUSTRA Federal, Roberto Bucar, é fundamental o trabalho das entidades representativas no sentido de barrar os aspectos negativos da proposta. “O fim da estabilidade e a possibilidade de contratação sem concurso público trazem riscos e prejuízos para a administração pública como o aumento da corrupção e interferências políticas. A atuação da ANAJUSTRA Federal no sentido de conscientizar os parlamentares sobre os perigos escondidos na PEC é de extrema importância neste momento e, por isso, estamos em constante movimento, seja com o envio de carta para os deputados, ações de comunicação e lives sobre o tema”, destaca.

Apesar de a base governista garantir que a reforma não atingirá os atuais servidores, como voltou a argumentar o presidente da Câmara, o deputado Arthur Lira, nesta quarta, 9, Bucar acredita que a proposta impacta diretamente os servidores que estão em exercício. “Quando você possibilita a destituição do cargo por uma primeira decisão colegiada desconsiderando decisões favoráveis anteriores, afronta normas constitucionais previstas desde a Constituição Federal de 1988 nas quais se prevê a demissão apenas após o trânsito em julgado”, explica.

Se a proposta for aprovada na comissão especial, vai para o Plenário da Casa, onde precisa passar por dois turnos de votação, e pela concordância de três quintos (318) dos deputados. O rito deve ser repetido no Senado Federal.

Oposição

Vice-líder do PT, o deputado Rui Falcão (SP) afirmou que espera, de fato, que seja promovido o diálogo e salientou que não considera a reforma administrativa prioridade. “Mais urgentes seriam políticas que assegurem o auxílio emergencial de pelo menos R$ 600 e acelerar a vacinação, além de políticas de emprego para a população e acabar com a fome, que voltou ao mapa do Brasil”, argumentou. “Seria importante uma reforma tributária que taxasse as grandes fortunas, os lucros e dividendos, as heranças para prover o Estado de maiores recursos para o serviço público”, opinou.

O deputado Bira do Pindaré (MA), vice-líder do PSB, também não concorda com a discussão da reforma em momento de pandemia e disse que a proposta é baseada em mentiras. “A maior despesa do Brasil não é com o serviço público, mas com a dívida pública, é o dinheiro que está indo para o bolso dos banqueiros, dos rentistas.”

Líderes da oposição e entidades representativas do serviço público entregaram ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), um abaixo-assinado pedindo a suspensão da tramitação da reforma administrativa.

Próxima reunião

A comissão especial voltará a se reunir na quarta-feira,16/6, às 14h30, para a apresentação do plano de trabalho, deliberação de requerimentos e eleição dos vice-presidentes.

Sobre a proposta

A Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania da Câmara (CCJC) aprovou no dia 25/5, por 39 votos a 26, a admissibilidade da PEC 32/2020. O parecer do relator, deputado Darci de Matos (PSD-SC), apresentou duas emendas supressivas (pedidos de retirada de trechos do projeto): proibição de qualquer atividade remunerada por servidores públicos e possibilidade de extinção de órgãos públicos por decreto do presidente da República. Para o deputado, as propostas são inconstitucionais.

Matos sugeriu ainda a retirada dos termos “imparcialidade, transparência, inovação, responsabilidade, unidade, coordenação, boa governança pública e subsidiariedade” para definir os princípios da administração pública. Para ele, tais palavras podem gerar interpretações diversas e, desse modo, aumentar a judicialização.

Com informações da Agência Câmara

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Na decisão, o desembargador Fernando Braga Damasceno, destacou que “consoante bem observado pela entidade de classe”, diversos órgãos do Poder Judiciário da União, já reconheceram esse direito. “De fato, não se mostra razoável que os servidores da Justiça Federal recebam tratamento desigual, em desatenção ao princípio da isonomia”, sublinhou.

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