Painel do Poder: reforma administrativa pode avançar na Câmara. Mas como será no Senado?

Você ainda pode ler 6 conteúdos este mês

Valorize o conteúdo feito especialmente para você, servidor do Poder Judiciário.

Já é associado? Faça seu login e desbloqueie todos os conteúdos do site.

Texto da PEC 32/2020 segue para votação no Plenário da Câmara dos Deputados, ainda sem data marcada.   - Agência Brasil

Texto da PEC 32/2020 segue para votação no Plenário da Câmara dos Deputados, ainda sem data marcada. – Agência Brasil

A reforma administrativa, recentemente aprovada em comissão especial da Câmara dos Deputados, recebeu dos parlamentares a nota 2,5 em concordância. A escala utilizada, de 1 a 5, assume a nota 1 como baixíssima concordância com a proposta e 5 como muito alta. Importante ressaltar que na mesma escala a média teórica é 3, então 2,5 situa a reforma administrativa em um ponto pouco abaixo da média.

A concordância com a reforma varia significativamente entre membros da base do governo e parlamentares independentes e da oposição. Enquanto a situação dá nota superior a 3,5 à proposta, a oposição mostra baixíssima concordância, inferior a 1,5. Já os independentes aproximam-se da média teórica 3 (ver gráfico abaixo).

Leia Mais


Reforma administrativa: avaliação de desempenho e perseguição política
Na coluna deste mês, Roberto Bucar, assessor parlamentar da ANAJUSTRA Federal, fala sobre a avaliação de desempenho e os perigos da falta de critérios objetivos.


Reforma administrativa: principais notícias da semana 11/10 a 15/10)
Proposta aguarda votação no plenário da Câmara dos Deputados.

Câmara dos Deputados e Senado Federal, por sua vez, apresentam praticamente a mesma posição, com notas 2,48 para a primeira e 2,55 para o segundo.

Fazendo um exercício meramente especulativo, porém útil para a compreensão: considerando o percentual de notas 4 e 5 (concordância e alta concordância) como votos de fato e aplicando esse percentual sobre a quantidade de parlamentares da Câmara dos Deputados, teríamos 121 votos favoráveis à reforma administrativa, bem distante dos 308 necessários para sua aprovação.

As chances de aprovação

O Painel do Poder sempre aborda os parlamentares em duas perspectivas: quanto o sr./a concorda com a proposição e qual sua avaliação sobre as chances dela ser aprovada.

Os congressistas, em regra, avaliam as chances de forma desapaixonada, o que indica que perguntar aos profissionais da política o destino de assuntos legislativos traz grande rendimento à pesquisa. Embora possam ter posições contrárias ou favoráveis, de forma geral os parlamentares analisam de forma pragmática as possibilidades, o que se confirmou também nas chances de aprovação da reforma administrativa.

A média das avaliações dos parlamentares foi 2,76. De acordo com a mesma escala 1 a 5, em que 1 significa baixíssima chance e 5 altíssima chance, a reforma administrativa encontra-se abaixo da média teórica 3, a qual expressa chance moderada de sucesso.

A análise das avaliações de acordo com posição em relação ao governo e casa de origem do parlamentar enriquecem o quadro.

O gráfico abaixo demonstra que os membros da base são um pouco mais otimistas em relação à aprovação. Curiosamente, em posição intermediária estão os oposicionistas, enquanto os independentes são os mais pessimistas.

A informação crucial para a análise, contudo, refere-se à distinção entre Câmara dos Deputados e Senado Federal. A Câmara dá nota 3,04 às chances de aprovação da reforma, já o Senado apresenta avaliação muito inferior, apenas 2,10. De fato, nenhum senador ou senadora confere nota superior a 3 para as chances de aprovação da reforma administrativa.

É altamente informativo que dentro dos próprios grupos – base, independente e oposição – as avaliações diferenciem-se fortemente. O gráfico seguinte mostra que membros da base na Câmara avaliam as chances da reforma administrativa em 3,33, enquanto no Senado o valor cai para 2,6. Mesmo comportamento, contudo ainda mais intenso, vê-se entre os independentes e oposição, em que o Senado avalia as chances de forma substancialmente inferior.

A interpretação mais clara para a questão assenta no compromisso e esforço intenso do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), em viabilizar a aprovação da matéria.

Lira tem trabalhado a proposição com vistas a superar discordâncias dos parlamentares, e os obstáculos são grandes. Matéria altamente controversa, sobretudo após a CPI da Covid demonstrar que arroubos não republicanos foram contidos por funcionários de carreira no Ministério da Saúde, a proposição ainda apresenta alta impopularidade junto às bases eleitorais de muitos parlamentares, sejam governistas, independentes ou oposição.

As notas baixas encontradas no Senado Federal tanto refletem o ainda distanciamento dos senadores em relação à matéria quanto a ausência de atores engajados em construir apoio para ela na câmara alta.
O Painel do Poder pergunta aos parlamentares que notas conferem ao relacionamento do governo com o Congresso Nacional. Na mesma escala 1 a 5, notas maiores significam um melhor relacionamento. Para a câmara baixa, o governo recebe nota 2,51 no quesito, enquanto na câmara alta a nota cai para 2,00.

Conforme já apontado no Farol que tratou do bicameralismo, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal encontram-se hoje sob dinâmicas políticas distintas: o ativismo de Lira versus a moderação de Pacheco.

Estas posições correlacionam-se com as avaliações de deputados e senadores sobre o relacionamento do governo com o Congresso, e tal estado de coisas também colabora com a avaliação mais otimista da Câmara dos Deputados para as chances da reforma administrativa.

A Câmara dos Deputados tem melhor relacionamento com o governo e está mais otimista com a reforma administrativa. O Senado Federal caminha na mão contrária.

Em conclusão, mesmo que os esforços de Lira e da Câmara dos Deputados para aprovar a reforma administrativa prosperem, o que os números hoje apresentam como medianamente provável, o prognóstico no Senado Federal é mais adverso.

Acessos: 3

CLUBE DE VANTAGENS | COLÉGIO CRUZEIRO

Associados da ANAJUSTRA Federal e seus dependentes VIP têm desconto nas mensalidades do Colégio Cruzeiro, eleito o colégio mais amado do Rio pela Veja Rio! 💙

A parceria é válida para as unidades:

📍 Centro

📍 Jacarepaguá

Com 163 anos de história, o Colégio Cruzeiro alia tradição, inovação e uma proposta pedagógica que valoriza o afeto, a autonomia e o pensamento crítico.

➡️ Acesse www.anajustrafederal.org.br e saiba mais (link na bio).

#clubedevantagens #anajustrafederal #colegiocruzeiro #educacaodeexcelencia #benefícioparaassociados
14 2
CLUBE DE VANTAGENS | NISSAN 🚗

Fomos até a Nissan, parceira do nosso Clube de Vantagens, conhecer os veículos que estão com desconto até maio.

⚠️ SPOILER: Os descontos chegam a R$ 39 mil e os carros são um mais lindo que o outro.

📹 Assista ao vídeo e confira o primeiro veículo que você tem desconto!

Em breve, teremos a sequência com mais TRÊS modelos. Aguarde!

Se você já é associado ou dependente VIP, em anajustrabeneficios.com.br já pode conferir todos os modelos e descontos em uma tabela na página do parceiro.

#anajustrafederal #convenio #nissan #parte1
118 13
ESPAÇO CULTURAL | FERNANDO MESQUITA

Servidor aposentado do TRT da 3ª Região, Fernando Mesquita transformou a paixão pela culinária e pela escrita em um legado. Autor de livros como “Sem Açúcar”, “com Afeto” e “Empório Vegano”, ele resgata histórias, receitas e saberes de mulheres que moldaram a culinária mineira.

Agora, se dedica à ficção com o romance “...até o último suspiro” e prepara novos projetos que unem tradição, espiritualidade e amor pela comida.

📚 Conheça mais sobre ele no Espaço Cultural da ANAJUSTRA Federal. Link na bio!

#espacocultural #anafederal #culináriaafetiva #culturagastronômica #servidor
16 1