É possível aprovar a Reforma Administrativa em dois meses?

Saiba o que diz o assessor parlamentar da ANAJUSTRA Federal.

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Roberto Bucar é assessor parlamentar da ANAJUSTRA Federal e acompanha a movimentação no Congresso há pelo menos duas décadas. - ANAJUSTRA Federal

Roberto Bucar é assessor parlamentar da ANAJUSTRA Federal e acompanha a movimentação no Congresso há pelo menos duas décadas. – ANAJUSTRA Federal

O novo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP/AL), concedeu entrevista ao jornal Valor Econômico na terça-feira, 23/2, e disse ser possível aprovar a proposta de emenda à Constituição (PEC) 32/2020, da reforma administrativa, em até dois meses.

A aprovação de uma PEC, no entanto, pode levar muito mais tempo do que o que anunciou o parlamentar. Lembro que a atual proposta de mudança das regras do funcionalismo brasileiro foi apresentada em setembro do ano passado e, mesmo o ex-presidente da Casa, deputado Rodrigo Maia (DEM/RJ), a elencando como prioridade da Nação em toda e qualquer oportunidade, ela passou a tramitar na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) somente neste mês.

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Na coluna “De olho em Brasília” deste mês, Roberto Bucar analisa pautas futuras do Congresso.


Reforma administrativa está na CCJ; comissão ainda não foi instalada
Assessor parlamentar da ANAJUSTRA Federal lembra que aprovação não é imediata.

A CCJ ainda nem tem seus membros definidos, portanto, a PEC não tem relator, peça-chave da tramitação de uma matéria. Assim, somente depois de escalados os membros do colegiado e definido com quem ficará a relatoria da PEC é que a tramitação dela realmente terá início. Isso levará alguns dias do mês de março visto que a disputa pelo comando da CCJ, a comissão mais importante da Câmara, é sempre grande.

Devo lembrar ainda que, regimentalmente, as matérias em tramitação no Congresso obedecem a prazos de discussão, emendas, revisão. No caso de uma PEC, o caminho passa também por uma comissão especial antes de ir ao Plenário e, nele, deve ter um número mínimo de votos para aprovação.

Segundo a consultoria Metapolítica, o Congresso Nacional leva em média 246 dias para aprovar uma proposta como a reforma administrativa. Se considerarmos que o Orçamento de 2021 ainda não foi aprovado, que a PEC Emergencial e a do Pacto Federativo estão em vias de votação com negociações já adiantadas, que a PEC da Imunidade ganhou o centro das atenções e que ainda estamos em tempos pandêmicos, é quase impossível aprovar a reforma administrativa em tempo tão exíguo e a previsão de Lira não passa de bravata política para agradar públicos específicos, assim como fez seu antecessor no cargo.

Debate aprofundado

Cedo ou tarde, no entanto, a discussão da reforma administrativa será feita. Mas até lá, importa que os servidores e suas entidades de classe se mobilizem para debater com os congressistas, especialmente os indecisos, os riscos e consequências de medidas como o fim da estabilidade. Ainda que as novas regras destinem-se apenas aos novos servidores, o impacto disso no serviço público é incalculável. Não é exagero falarmos em desmonte da máquina pública e um debate aprofundado, envolvendo as carreiras, parlamentares, entidades, sociedade e imprensa é imprescindível.

A salvos, por enquanto

A PEC 186/2019, conhecida como Emergencial, porém, tem grandes chances de ser aprovada e nossa atenção e cuidado tem se voltado para ela. A proposta prevê gatilhos para a contenção dos gastos públicos e seria votada nesta quinta, 25, no Senado. Para os servidores, a armadilha dessa proposta estava na possibilidade de redução salarial e corte de jornada. Esta era até mesmo uma contrapartida para a volta do auxílio emergencial, mas diante da pressão da oposição e das entidades de classe, o Congresso recuou e a medida foi retirada do relatório do senador Márcio Bittar (MDB-AC).

Por outro lado, o relator incluiu no texto a possibilidade de novo congelamento salarial no funcionalismo público nos casos quando a despesa obrigatória superar 95% do total de despesas, quando os gastos atingirem 95% da arrecadação e quando houver calamidade pública. Essa bomba contra os trabalhadores públicos pode estourar a qualquer momento.

Outro ponto preocupante do relatório é que ele traz uma brecha que diz que o corte e a redução não seriam ofensas à cláusula pétrea, lembrando os votos dos ministros Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Gilmar Mendes e Dias Toffoli quando, em 2019, o Supremo julgou a proibição de se reduzir salários de servidores públicos da União, estados e municípios, temporariamente.

Ouso dizer que esta é uma grande armadilha. Manobras como esta são comuns no Congresso. Os parlamentares fatiam um projeto para voltar a pautar o tema depois de já terem aprovado itens de maior apelo da proposta inicial. Já vimos isso acontecer, não é mesmo?

Estupidez

Para não usar termo mais ofensivo, digo que é estúpido pensar em reduzir o poder de compra dos servidores para que as contas públicas melhorem. A categoria injeta milhões mensais na economia, sustentando, em grande parte, a produção e o consumo no país.

Além disso, há um congelamento salarial em vigor. Mais que isso. Algumas categorias não têm aumento real há vários anos.

Não há maldade maior contra o trabalhador que uma remuneração aquém do serviço prestado somada à desmoralização e desvalorização pública. E é justamente a isso que o funcionalismo brasileiro vem sendo submetido.

Participe

A coluna “De Olho em Brasília” é um serviço mensal oferecido pela assessoria parlamentar da ANAJUSTRA Federal. Confira todas as anteriores. Dê sua opinião, tire dúvidas e sugira assuntos pelo e-mail ass_parlamentar@anajustra.org.br.

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Atendendo a pedido da ANAJUSTRA, o Conselho da Justiça Federal (CJF) reconheceu o direito dos servidores da Justiça Federal (JF) receberem as parcelas da Vantagem Pecuniária Individual (VPI) suprimidas entre 1º/6/2016 e 1º/1/2019.

Na decisão, o desembargador Fernando Braga Damasceno, destacou que “consoante bem observado pela entidade de classe”, diversos órgãos do Poder Judiciário da União, já reconheceram esse direito. “De fato, não se mostra razoável que os servidores da Justiça Federal recebam tratamento desigual, em desatenção ao princípio da isonomia”, sublinhou.

“A associação protocolou o mesmo requerimento em outros órgãos do Judiciário Federal, e agora nossa atuação é coroada com o alcance dessa vitória para a JF também”, comemorou o presidente da entidade, Antônio Carlos Parente.

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