Pix terá novas regras de segurança a partir de 1º de novembro
Limites de transferência, cadastro prévio e pix automático estão entre as…
Por José Carlos Dorte
Consultor financeiro da ANAJUSTRA Federal
Durante a jornada humana, há uma encruzilhada onde nossa mente trabalha em eterno conflito. É nossa zona de guerra onde atua os nossos pensamentos e as tomadas de decisões, conhecida como livre arbítrio. Como fazer para tomar decisões acertadas utilizando a prudência, especialmente quando envolve o tema finanças?
Ao longo da nossa vida, somos frutos de nossas escolhas. No mundo agitado em que vivemos, muitas vezes somos influenciados por fatores externos, como opiniões alheias, ou questões internas como as emoções ao tomar decisões financeiras. No entanto, é fundamental adotar uma abordagem consciente ao lidar com nossas finanças pessoais. É preciso fazer escolhas bem feitas através do autodomínio.
É essencial construir nossa própria identidade financeira, tomando decisões alinhadas com nossos princípios e valores, e não seguindo cegamente o que os outros estão fazendo ou a modinha da vez: “Não é porque todos caminham para o abismo que eu terei que acompanhar. Melhor mesmo é eu tentar me salvar!”
Outro ponto importante é jamais deixar que o tempo decida. O tempo nunca irá resolver da melhor maneira. Deixar o tempo decidir não é uma boa escolha, mas sim um abandono. Tampouco, é perspicaz decidir pelo autoconhecimento. É possível que nosso conhecimento seja muito raso.
A pressa e a falta de atenção também são inimigas da tomada de decisão consciente. Muitas vezes, cedemos a impulsos imediatos e ignoramos as possíveis consequências a longo prazo. Isso pode levar a dívidas desnecessárias, investimentos precipitados ou escolhas financeiras inadequadas. Agir com pressa pode comprometer nossa estabilidade financeira e criar obstáculos que podem levar anos para serem corrigidos.
Devemos sempre nos lembrar que nenhuma grande obra nasce sem um projeto arquitetônico. Ela começa com um bom projeto, feito por alguém que conhece e sabe o que deseja construir, obedecendo as condições financeiras, espaços, geografia do solo e materiais que estão disponíveis na região.
No final de nossas vidas, é importante refletir sobre o tipo de herança queremos deixar para os nossos filhos e próximas gerações. Não se trata apenas de acumular riqueza material, mas de construir um legado de virtudes e ensinamentos elevados. Algo que inspire e influencie positivamente as gerações futuras.
Assim como acontece na natureza, uma folha madura da árvore que cai dá espaço para as novas que virão e, posteriormente, a flor que gerará novas sementes. Quando nossos filhos se lembrarem de nós, queremos que sintam gratidão e admiração pelos exemplos que deixamos. Queremos inspirá-los positivamente em suas próprias jornadas, buscando conhecimento e tomando decisões conscientes.
Portanto, ao buscar o autodomínio e o autoconhecimento, podemos aprimorar nossas habilidades de tomada de decisão e evitar armadilhas financeiras. Além disso, devemos lembrar que nosso legado financeiro não se resume a bens materiais, mas ao impacto positivo que deixamos para trás. Ao buscar uma vida financeira consciente, podemos construir um futuro próspero para nós mesmos e para as gerações vindouras.
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