Aprovado projeto que regulamenta emendas parlamentares ao Orçamento
Matéria é do deputado Rubens Pereira Júnior (PT-MA).
Roberto Bucar é assessor parlamentar da ANAJUSTRA Federal e defende os interesses dos servidores junto ao Congresso Nacional. |
O espaço da assessoria parlamentar no site da ANAJUSTRA Federal é dedicado a comentar e pensar sobre os temas em voga no mundo político. Nos últimos tempos, temos falado reiteradamente aqui sobre a campanha caluniosa contra os servidores públicos que vira e mexe volta à tona na voz de diferentes atores sociais.
Na última quarta-feira, 3/6, foi a vez da Fiesp encarnar o papel do carrasco. Ao assistir o intervalo do Jornal da Record, me deparei com uma peça publicitária pretensamente a favor dos vetos no PLP 39/2020, mas que tinham como pano de fundo um ódio infundado ao servidor. “Milhões de empregados do setor privado estão perdendo seus empregos” começava o texto. “É justo neste momento o Congresso permitir aumento para funcionários públicos”, continuava finalizando com “Senadores e Deputados, não derrubem o veto”.
A impressão que a peça dá é que os servidores públicos do Brasil inteiro estão sentados em uma torre de marfim vendo a crise se instalar por todo o país e ignorando a gravidade da situação. Pela peça, parece que há inúmeras campanhas salariais em curso. Não há. Desconheço qualquer movimento de servidores públicos que esteja pedindo aumento neste momento. E mais, desconheço qualquer movimentação do Congresso Nacional para conceder algum aumento mínimo que seja para qualquer categoria.
Vendo aquele discurso me senti agredido pessoalmente na qualidade de representante dos interesses dos servidores. Não conheço um servidor que veria aquilo e ficaria tranquilo. Não tem ninguém no Brasil hoje que se sente bem com a situação. Pessoas estão morrendo, o mundo como conhecemos está acabando. Não dá para permitir que alguém coloque o servidor como um ser egoísta, mesquinho, desconectado da realidade.
Esse tipo de argumento, sobre o qual já falamos aqui inúmeras vezes, é uma covardia. É uma campanha difamatória e desproporcional que achincalha e esculhamba a imagem do servidor. Imagino a pessoa que trabalha para o poder público vendo uma propaganda dessas e olhando para o lado e recebendo olhares de julgamento. Pais com vergonha dos filhos, filhos com vergonha dos pais. Não podemos permitir que esse tipo de discurso prospere.
Se a Fiesp tem conhecimento de qualquer categoria em franca campanha salarial neste momento, que venha a público e dê nome aos bois. Mas não venha, em nome de uma intenção política mesquinha, manchar o nome de milhares de pessoas que trabalham pelo Brasil, muitas delas, inclusive, na linha de frente do combate ao coronavírus.
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