DIREITO FUNDAMENTAL

TST abre espaço para vozes da diversidade cultural

Evento discutiu como a pluralidade transforma o judiciário e fortalece a democracia.

Você ainda pode ler 6 conteúdos este mês

Valorize o conteúdo feito especialmente para você, servidor do Poder Judiciário Federal.

Já é associado? Faça seu login e desbloqueie todos os conteúdos do site.

Nesta quarta-feira (21), o Tribunal Superior do Trabalho (TST) sediou um dos painéis da Semana da Justiça pela Diversidade Cultural, na sede do tribunal, em Brasília. O objetivo do evento foi destacar a diversidade cultural como motor de transformação social e desenvolvimento. 

O Instituto Folha Seca abriu o evento. Foto: TST

Cultura como força propulsora da inclusão

O presidente do TST e do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT), ministro Aloysio Corrêa da Veiga, ressaltou que a diversidade é reconhecida pela Declaração Universal da Diversidade Cultural da Unesco como patrimônio comum da humanidade, essencial ao desenvolvimento sustentável e à convivência pacífica, especialmente em um contexto global marcado pela intolerância. Também lembrou que a Constituição Federal consagra a cultura como direito fundamental e assegura o acesso às fontes da cultura nacional e a proteção às manifestações culturais diversas. 

“Além disso, o pluralismo, a dignidade da pessoa e os valores sociais do trabalho são princípios que se entrelaçam com o espírito dessa celebração”, afirmou. “A diversidade cultural é uma força propulsora de inclusão, de cidadania e de desenvolvimento econômico. É, sobretudo, expressão viva da dignidade humana, da qual nenhum Estado democrático de direito pode prescindir”.

A ministra Maria Helena Mallmann, coordenadora do Programa de Equidade de Raça, Gênero e Diversidade, observou que essa é a primeira vez que o Judiciário participa da semana com atividades que promovem a reflexão sobre as diferenças culturais. Já a ministra Morgana de Almeida Richa, vice-coordenadora nacional de Promoção do Trabalho Decente e dos Direitos Humanos e coordenadora do Comitê de Participação Feminina do TST e do CSJT, destacou: “O que nos faz diferenciados é justamente a soma da riqueza que trazemos, e o Brasil, nesse ponto, é um país rico”.

Manifestações artísticas e mesas redondas

A celebração contou ainda com manifestações artísticas populares. O Instituto Folha Seca abriu o evento com uma apresentação de percussão sob a regência do maestro Marcos Valente. O Folha Seca é uma organização de ensino e preservação da percussão afro-brasileira a partir do conhecimento da cultura negra por meio da oralidade e da música.

A primeira mesa do evento teve como tema “A Diversidade na Justiça do Trabalho e o diálogo social como fator de ciência e educação”. A professora Renata Dutra, adjunta de Direito do Trabalho da Universidade de Brasília (UnB), trouxe uma reflexão a partir de três conceitos centrais: diversidade, identidade e interseccionalidade. Segundo ela, a interseccionalidade revela que os diferentes marcadores sociais não operam de forma isolada, e é essencial que o sistema de Justiça conheça as realidades dos sujeitos para produzir justiça social. “Não se trata de opor igualdade e diferença, mas reconhecer a necessidade de combiná-las para construir democracia”, explicou. 

Para Roberta Liana Vieira, coordenadora de Formação e Aperfeiçoamento Jurídico da Escola Judicial do TRT-4 (Ejud4), sem diversidade a justiça não é possível, e fazer justiça também é um ato educativo. Segundo ela, a diversidade, na Justiça do Trabalho, não se limita à identidade de quem julga e de quem é julgado. “Ela diz respeito à pluralidade de mundos, de existências e de experiências que merecem ser reconhecidas como legítimas”, afirmou. Ao encerrar sua participação, a especialista usou uma metáfora para expressar sua percepção de como a Justiça do Trabalho é vista. “Costumo dizer que a Justiça do Trabalho é a mulher negra do Poder Judiciário, porque ela é a que mais trabalha, a que mais acolhe, a que mais sustenta e, ainda assim, é a que mais apanha”, afirmou.

Rap e hip hop

A segunda parte do painel abordou a diversidade cultural a partir da atuação de coletivos e lideranças da sociedade civil. O grupo Projeto Rap, formado por egressos do sistema socioeducativo e liderado pelo professor Francisco Celso, apresentou músicas nesse gênero que retratam a desigualdade social e os desafios enfrentados pela juventude periférica. 

Em seguida, Ravena do Carmo Silva, fundadora e coordenadora geral do Coletivo Poesia nas Quebradas, falou sobre o hip hop como empreendimento. Ela abordou os conceitos de empreendedorismo periférico e empreendedorismo social, que utilizam modelos de negócios para promover mudanças sociais. Ravena compartilhou projetos como a Quebrada Gastronômica, Empodera Quebrada, Turismo de Quebrada, Quebrada Hip Hop, Literatura Marginal e Unhas de Quebrada, voltados para a capacitação de mulheres em situação de vulnerabilidade. “Quando abrimos qualquer turma de empreendedorismo, primeiro fazemos um trabalho de resgate, de memória e de autoestima dessa mulher. O hip hop salva vidas”.

Por fim, Leonora Bittencourt, coordenadora de Políticas LGBTQIA+ de Ananindeua (PA),  destacou a importância de inserir a diversidade nos debates sobre políticas públicas de cultura. “Quando pensamos em políticas públicas para a cultura, precisamos lembrar do protagonismo dessas pessoas. Ainda falta inserirmos essa diversidade no contexto das discussões”, defendeu. Ela também abordou a dificuldade de acesso a equipamentos culturais por populações marginalizadas e o papel da cultura para abrir caminho para discussões de outras pautas sociais, como saúde, educação e segurança pública.

A iniciativa integrou a programação conjunta do Supremo Tribunal Federal (STF), do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e do TST em comemoração ao Dia Mundial da Diversidade Cultural para o Diálogo e o Desenvolvimento, celebrado em 21 de maio. A semana contou com atividades nos dias 20, 21 e 22 de maio, nos tribunais superiores.

Acessos: 18

CALENDÁRIO E AGENDA 2026 | QUER RECEBER EM CASA?
Se você mudou de endereço, nunca respondeu à consulta ou mudou de ideia, é hora de atualizar suas preferências!
A consulta já está disponível na área restrita do site e vai até 15 de agosto.
💡 Lembrando:
Se sua escolha está registrada e o endereço está certinho, não precisa fazer nada.
Se nunca participou, é só acessar: “Meus dados” > “Preferências de comunicação” e marcar “Sim”.
Se mudou de ideia, também dá tempo de trocar sua escolha!
💌 Os impressos começam a ser enviados em dezembro.
E a gente entende o carinho: 72% dos brasileiros ainda preferem o papel, segundo a pesquisa Two Sides (2023).
📲 Acesse o link da bio ou vá direto para a área restrita no site.
#anajustrafederal #calendario2026 #agendaanajustra #amizade #judiciáriofederal #comunicaçãoanajustra #papelsempre
16 0
Prevenir é sempre melhor, e mais barato, do que remediar.
Consultas preventivas e exames de rotina estão cobertos pelo plano e ajudam a evitar complicações futuras.
Além de proteger sua saúde, essa prática reduz custos com tratamentos prolongados.

💡 Consulte seu médico periodicamente e participe dos programas de prevenção  do seu plano de saúde.

#anajustrafederal #jusaude #prevencao #medicos #planodesaude
10 0
CLUBE DE VANTAGENS | EDUCAÇÃO

🎓 Educação que transforma e cabe no seu bolso!

Em parceria com a Faculdade IPEMIG, a ANAJUSTRA Federal oferece descontos de até 70% em cursos de graduação, licenciatura, tecnólogos e pós-graduação. E o melhor: o benefício também vale para seus dependentes de 1º grau!

📚 Confira os descontos:

✔️ 70% em pós-graduação

✔️ 60% em graduação e licenciatura

✔️ Até 40% na matrícula, dependendo do curso

As aulas são oferecidas nas dependências da tradicional Faculdade Batista, com cursos autorizados e reconhecidos pelo MEC. Um convênio que pode impulsionar sua carreira, abrir portas e concretizar planos.

➡️ Saiba mais em anajustrabeneficios.com.br

#educacao #descontos #graduacao #posgraduacao #anajustrafederal #beneficioexclusivo #associadoanajustra #faculdadeipemig #bh
15 0
“Hoje, não celebramos um “Dia do Amigo”. Celebramos o amigo em todos os dias — aquele que, mesmo distante, se faz presente com um gesto, uma lembrança, uma escuta, um silêncio.

Por isso, se você está lendo esta mensagem, abrace o amigo que está ao seu lado. E sinta-se, por nós, profundamente abraçado.

Porque amizade verdadeira é essa comunhão silenciosa e sagrada entre corações que se reconhecem — e seguem juntos, mesmo quando cada um caminha por trilhas distintas.”

💙 Este é um trecho do belíssimo texto “A Amizade que Sustenta a Alma” da nossa diretora Glauce de Oliveira Barros

👩🏽‍⚖️👨🏻‍💻Seu melhor amigo veio do trabalho? Participe do nosso CALENDÁRIO 2026! Até 8/8, envie uma foto e conte sua história de amizade feita no Judiciário. Ela pode estar no Calendário mais querido do Judiciário Federal!

👉 Comente “Amizade” para receber o link.

#anajustrafederal #diadoamigo #amizade #pju #servidorpúblicofederal
44 6