Falta vontade política para reajustar os salários do funcionalismo?

Na coluna “De olho em Brasília” deste mês, o assessor parlamentar da ANAJUSTRA Federal revela que sobra descaramento ao governo e ao Congresso Nacional.

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Roberto Bucar acompanha de perto sessões, audiências e bastidores da política brasileira. - ANAJUSTRA Federal

Roberto Bucar acompanha de perto sessões, audiências e bastidores da política brasileira. – ANAJUSTRA Federal

Após muita pressão, mobilizações, greves, paralisações, conversas e assembleias públicas com apoio da Frente Mista do Serviço Público, no dia 14/4, o governo decidiu dar um reajuste de 5% para todos os servidores federais a partir de julho próximo. Esse reajuste necessitava da aprovação do Congresso Nacional e implicava em mudanças na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

No início deste mês de junho, no entanto, o governo alegou aperto das contas públicas e afirmou que o funcionalismo não teria tal recomposição, sendo possível apenas dobrar o valor do auxílio-alimentação. Uma semana depois, até isso não era mais viável.

Essa cronologia não é tão simplória assim. Existem meandros alheios à garra da categoria e sua determinação. E há números comprobatórios, irrefutáveis (vamos vê-los a seguir).

É ano de eleições e o Congresso de uma maneira geral só pensa no próprio umbigo. Eles fingem estar ao nosso lado, fazem discurso defendendo nossos pleitos e direitos, mas, ao final, não encontram brechas orçamentárias que permitam amenizar as perdas salariais dos últimos anos.

Fecham os olhos e ouvidos para qualquer proposta que venham atender mesmo que de maneira tímida servidores que estão esquecidos, humilhados, pelos Três Poderes.

Não podemos esquecer que a peça orçamentária é aprovada pelo Congresso Nacional que não propõe soluções para o funcionalismo, não apresenta emendas para beneficiá-lo.

A fatia deles foi garantida com um fundo eleitoral de R$ 4,9 bi. No início do ano o partido Novo contestou esse valor no Supremo Tribunal Federal (STF), indicando que ele deveria ser de R$ 2,1 bi. Os ministros do Supremo, curiosamente, mantiveram o montante.

No início desta semana, o ministro da Economia, Paulo Guedes, tentou minimizar a situação. Segundo ele, em 2023, os servidores terão aumento. “Com a redução dos gastos com a pandemia, com o aumento da produtividade e maior oferta de serviços digitais para a população, será possível aumentar os salários”, declarou.

Guedes joga no ponto futuro e abstrato. Isso mais parece conversa de Rolando Lero (aquele personagem da Escolinha do Professor Raimundo que nunca sabia a resposta de uma questão), do que comprometimento.

Lembro que, a cada mês, um novo recorde de arrecadação federal é batido. A arrecadação total das receitas federais atingiu, em maio de 2022, R$165,3 bilhões, um acréscimo real, pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – ou seja, já descontada a inflação – de 4,1% em relação a maio de 2021, conforme divulgado pela Receita Federal.

No acumulado de janeiro a maio de 2022, a arrecadação alcançou R$908,5 bilhões, um aumento pelo IPCA de 9,7%. De acordo com o órgão, este é o melhor desempenho desde 1995, ano de início da série histórica, tanto para o mês de maio quanto para o período acumulado.

Diante destes números, a pergunta é: será que faltou mais vontade por parte do governo e do Congresso Nacional? Essa crescente de arrecadação já era prevista. O governo não cansa de se vangloriar dela e os nossos parlamentares conhecem esses números, mas na mínima dúvida só pensam: – “Vou cuidar do meu”. A resposta, caro servidor, é que sobra descaramento tanto para um quanto para outro.

De Olho em Brasília

Os bastidores da política brasileira, no que diz respeito ao funcionalismo público, são pauta da coluna mensal “De Olho em Brasília”, do assessor parlamentar, Roberto Bucar. O material é um serviço de informação ao associado que fica por dentro de tudo o que é de interesse da categoria e o que há por trás da aprovação ou rejeição de matérias legislativas.

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⚖️Por dentro da Ação dos 13,23%

📹 Em entrevista à ANAJUSTRA Federal, o advogado Marlúcio Lustosa Bonfim explicou como a ação dos 13,23% começou e o que está por trás do processo até hoje. Ele se mostrou confiante em uma decisão positiva e destacou: “Já temos ação em execução e é fundamental sensibilizar o ministro Fux sobre a necessidade dos associados da ANAJUSTRA Federal.”

Além disso, o advogado revelou que a entidade já pediu uma audiência com o ministro Luiz Fux, relator do processo no STF, que deve acontecer até fevereiro.

Assista a conversa na íntegra.

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Nossa assessoria jurídica está a todo vapor!

Para 2025, são boas as perspectivas das nossas ações judiciais.

✨ Serão lançadas três novas ações judiciais. As teses já foram aprovadas em assembleia e agora a entidade aguarda ajustes da assessoria jurídica para disponibilizá-las para adesão.

✨ A ação de rendimentos recebidos acumuladamente (RRA) de Outras Verbas está em execução e a expectativa da ANAJUSTRA Federal é que cerca de R$ 30 milhões sejam liberados para saque dos associados participantes em 2025.

✨ E a associação obteve vitória na ação de URV – juros 11,98% em 2023. Agora, está finalizando os cálculos para dar início a fase de execução do processo, beneficiando mais de 1200 servidores associados da Justiça do Trabalho.

Quer saber mais? Acesse (https://anajustrafederal.org.br) e confira detalhes de todos esses pleitos! Se precisar, fale com o setor em (acoes@anajustrafederal.org.br) ou pelo WhatsApp 6133226864.

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