De conhecimento musical a orçamento: servidor explica como é ser produtor de artistas da MPB

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Caetano Veloso, Gilberto Gil, Ivan Lins, Lulu Santos, Elba Ramalho, Frejat, Alceu Valença e Milton Nascimento são alguns dos artistas que o servidor do TRT1 e produtor cultural Carlos Mills desenvolveu alguma parceria musical até hoje. Apaixonado por música desde a adolescência, o servidor dedicou-se, inicialmente, ao violão clássico, mas ficou encarregado de tocar saxofone na primeira banda que participou, a “Operário Patrão”.

“Não tinha safoxone, mas tive o impulso de aprender  e logo adquiri um. Na banda havia ainda um guitarrista, um baterista (meu irmão), um baixista e um vocalista. Éramos uma turma no condomínio em que morava aqui no Rio de Janeiro e participamos de saraus e festivais estudantis, conhecemos mais gente, agregamos novas pessoas e, na sequência, formamos uma nova banda que se chamava Jukebox”, relembra.

Após uma década tocando MPB dançante e rock brasileiro, a Jukebox saiu da estrada e alguns ex-integrantes resolveram montar um estúdio de gravação em um imóvel localizado no bairro de Santa Teresa, na capital do Rio de Janeiro. “Foi lá então que instalamos o Estúdio Mills, a partir do final da década de 90. Além do interesse musical, sempre tive interesse na parte técnica e foi uma ótima experiência montar e operar um estúdio de gravação. Foi também no Estúdio Mills que iniciamos a produção de novos artistas da cena independente e onde nasceu o selo Mills Records. De lá até aqui, construímos um catálogo de mais de 50 títulos, entre CDs, DVDs e lançamentos digitais, sempre em parceria com artistas independentes talentosos, como Arranco de Varsóvia, Marianna Leporace e Duo GisBranco.”

No fim da década de 90, as atividades do estúdio e do selo se separaram e coube ao servidor dar prosseguimento ao trabalho da Mills Records. “Minhas atividades técnicas continuaram, a partir de então através de uma Unidade Móvel de Gravação, montada em sociedade com Fernando Hungria. Com ela, realizamos centenas de gravações de CDs, DVDs, programas de rádio, TV e transmissões ao vivo pela internet.”

Carlos priorizou a atividade de produtor musical e explica quais as funções desse profissional, responsável por conduzir os trabalhos de gravação de um álbum. “O produtor precisa ter conhecimentos técnicos e musicais aprofundados. Deve tocar um instrumento e ter domínio sobre os equipamentos utilizados. Precisa conhecer notação musical, partitura, cifra, arranjos, harmonia, escalas melódicas e técnicas de gravação. Deve ser capaz de optar rapidamente pelas melhores práticas para atingir os resultados almejados. Precisa conhecer áudio, frequências e saber usar diversos equipamentos como compressores, consoles, equalizadores, reverbs, limiters”, afirma.

A tecnologia foi incorporada à função e os profissionais precisam dominar as ferramentas digitais, “incluindo novos plugins que ampliam as possibilidades estéticas dos trabalhos musicais modernos. Mas os fundamentos de áudio são fundamentais e se aplicam indistintamente a aparelhos analógicos e digitais. Deve ainda ter facilidade nas relações interpessoais e precisa saber arregimentar os músicos com os melhores perfis para cada tipo de trabalho. Por fim, precisa saber lidar com orçamentos e prazos”, disse.

Como toda atividade que envolve técnica e subjetividade, o produtor afirma que para atuar no ramo musical é preciso ter uma formação sólida que esteja aliada à capacidade técnica. “Já presenciei situações de verdadeiros ’embates’ gerados por desentendimentos entre técnicos e artistas, seja em shows ao vivo ou em ambiente de estúdio. Acredito que os profissionais que transitam bem nas duas áreas acabam se destacando.” Entre os artistas que são presença obrigatória em seus fones, ele cita três preferidos, mesmo frisando que gosta de funk a opera: Oscar Peterson (jazz), Caetano Veloso (MPB), Luiz Gonzaga (música regional).

Para conhecer um pouco mais sobre a atividade desenvolvida por Carlos Mills, acesse a página da Mills Records no Facebook e o site onde é possível adquirir produtos de artistas e bandas independentes.

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Quem tem essa parcela incorporada ao vencimento pode aderir à duas novas ações da entidade. Nesta entrevista, o advogado Marlúcio Lustosa Bonfim chama atenção dos servidores para essa necessidade. 

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⚖️Por dentro da Ação dos 13,23%

📹 Em entrevista à ANAJUSTRA Federal, o advogado Marlúcio Lustosa Bonfim explicou como a ação dos 13,23% começou e o que está por trás do processo até hoje. Ele se mostrou confiante em uma decisão positiva e destacou: “Já temos ação em execução e é fundamental sensibilizar o ministro Fux sobre a necessidade dos associados da ANAJUSTRA Federal.”

Além disso, o advogado revelou que a entidade já pediu uma audiência com o ministro Luiz Fux, relator do processo no STF, que deve acontecer até fevereiro.

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