Servidor do TRT23 completa maior prova de corrida de trilha do mundo

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Aos 16 anos, o servidor do TRT23, Willians Kauffmann, foi convidado por um amigo para correr na pista do Fundão, campus da Universidade Federal do Rio de Janeiro, localizado na Ilha Governador, nos arredores do aeroporto internacional Tom Jobim (Galeão). A partir desse dia, foi o servidor quem decolou para as ruas e trilhas em provas de corrida que pratica religiosamente há 37 anos. “Lembro que a primeira prova oficial que eu e o meu amigo Paulo Alcântara fizemos foi na orla das praias de Ipanema e Copacabana”, disse.
 
Quando mudou do Rio de Janeiro, seu local de nascimento, para Mato Grosso, Willians se adaptou ao novo cenário e continuou os treinos para manter o condicionamento físico “e para liberar o estresse do dia a dia. Nesse período, eu servia no 9º Batalhão de Engenharia de Construção por ter formação em engenharia militar e atuava na gestão de construção das estradas federais, pontes e pistas de aeroportos em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Fazia a corrida nas estradas vicinais que estávamos construindo no interior do Estado e esse período exigiu bastante determinação, já que trabalhava em torno de 12 horas por dia”, relembra.
 
Após a passagem pela engenharia militar, ele se tornou servidor da Justiça Federal por conta da aprovação no primeiro concurso realizado pelo TRT23 onde está até hoje. “Já com os dois filhos fazendo voo solo passei a me dedicar com maior frequência às corridas de rua e de trail run (trilhas), conciliando turismo e férias, além das viagens de ‘bate e volta’ que duram o fim de semana”, explica.

Benefícios da corrida

Para ele, a corrida tem dois benefícios principais: manter a qualidade de vida e superar desafios pessoais. Com participação em meia maratona, maratona e corridas de trilha no Brasil e no exterior, Willians destaca outros ganhos proporcionados pelas participações nas provas: “Gosto de conhecer novos lugares, fazer amizades, experimentar um bom vinho e uma gastronomia diferente, afinal temos que repor as calorias queimadas e fazer a hidratação (risos). É muito bom fazer turismo esportivo”, recomenda.
 
Mas algumas provas não são tão fáceis quanto parecem: a última maratona disputada por Willians foi realizada no dia 27 de agosto, no alpe Mont-Blanc, localizado na fronteira entre França, Itália e Suíça, a Ultra-Trail du Mont-Blanc (UTMB), sendo o único representante de Mato Grosso na competição. Ele disputou a prova com extensão de 53km que foi concluída após 12 horas e 58 minutos. 
 
“O início da prova é o momento da expectativa, passa uma série de questionamentos na sua cabeça, principalmente nas provas de longas distâncias e de resistência, onde estar com o psicológico em harmonia com o físico é fundamental. No meio da prova você já atingiu o estado de equilíbrio do corpo e da mente e está efetivamente inserido no ambiente. É o momento de fazer uma análise prévia do que foi planejado e de como está a sua performance real naquele instante da prova e, se for o caso, realizar as adequações para que o resultado seja alcançado. O fim da prova é o momento de superação do desafio pessoal, do alcance do objetivo e a concretização do que foi treinado durante um período de 6 meses ou mais. É impossível não se emocionar, principalmente nas provas onde as exigências físicas e psicológicas são grandes.”
 
A expectativa para essa prova começou meses antes, durante a pré-inscrição, em dezembro de 2014. “No dia 21 de janeiro tive a grande alegria de receber o e-mail de confirmação de inscrição da organização. Em todos os eventos foram 15.500 pré-inscrições, desses 7500 estiveram no pórtico de largada das respectivas provas. Essa é a maior competição de Ultra-Trail e pode ser comparada a Copa do Mundo para o futebol. Além da prova que participei, a OCC (53 km – 3.300 metros de elevação), tiveram outras modalidades, com largadas distintas”, disse. 

Preparação para as provas

A preparação para as competições exige, de acordo com Willians, disciplina e conciliação entre o trabalho, a família e os âmbitos sociais e espirituais. “E o grande desafio é manter o equilíbrio nessas dimensões da vida”, afirma. Além dessa conciliação, é preciso programar um treino para cada prova mas ele mantém uma frequência de “três a quatro corridas na esteira (alternando inclinação) por semana, na rua, estrada de chão, trilhas e corridas longas (acima de 16 km) que são realizadas aos finais de semana. Quando realizo treinos longos tenho que acordar às 4 horas da manhã por conta da alta temperatura de Cuiabá e alguns dias vou com um grupo para Chapada dos Guimarães (65km da capital), onde o clima é mais ameno. Além dos treinos de corrida realizo musculação, exercícios funcionais e pilates de solo três vezes por semana. Por opção e metodologia de trabalho não faço treinos de tiros de corrida, prefiro treino de subida/inclinação e de caminhada/trekking que são essenciais para as provas de longas distâncias realizadas em trilhas técnicas e montanhas”, explica.
 
Além disso, ele realiza exames periódicos (laboratoriais e clínicos) “para garantir o resultado seja na saúde, qualidade de vida e bem-estar, mesmo que o motivo seja competitivo. Ressalto que a pessoa nunca deve se colocar em risco durante uma prova, seja por questões de segurança ou de saúde, pois o único prejudicado será você. Até agora não passei pela experiência de ter que optar em abandonar uma prova, com certeza uma decisão difícil, mas não teria dúvida em tomar esta decisão. Por isso, mais importante que conhecer o trajeto da prova é conhecer a si próprio, então é preciso treinar a humildade para não ter dúvida na hora que tiver que tomar essa decisão”, afirma.
 
Confira abaixo o relato detalhado da prova realizada por Willians no alpe Mont-Blanc. 

Um dos cenários vistos por Willians durante a prova Ultra-Trail du Mont-Blanc.

Mont-Blanc – O Sonho de uma Conquista! Suíça – Itália – França 

Allez! Allez! Allez! (Vai! Vai! Vai!) era o que escutávamos quando passávamos pelos lugarejos e distritos, a população saudando os corredores que participavam da maior prova de Trilha do Mundo a Ultra-Trail du Mont-Blanc (UTMB) – realizada no último dia 27 de agosto. Esse evento é sonho de todo corredor amante do Trail Run.

Meu primeiro grande desafio foi quando fiz a pré-inscrição em 17/12/2014, com a expectativa de concorrer com corredores de Trail Run do mundo inteiro e ser selecionado. No dia 21 de janeiro tivemos a grande alegria de receber o e-mail de confirmação de inscrição da organização. Em todos os eventos foram 15.500 pré-inscrições, desses 7500 estiveram no pórtico de largada das respectivas provas.  

Fui o único representante de Mato Grosso a participar da maior competição de Ultra Trail, comparada a Copa do Mundo para o futebol. Além da prova que participei OCC (53 km – 3.300 metros de elevação), tiveram outras modalidades, com largadas distintas: YCC (15Km – 1000 metros de elevação), CCC (101Km – 6.100 metros de elevação), TDS (119Km – 7.250 metros de elevação), UTMB (170Km – 10 mil metros de elevação) e PTL (300Km – 26 mil metros de elevação). A partir daí, o sentimento da necessidade de superação do desafio pessoal e realização do sonho que é cruzar a linha de chegada (FINISHER!) passa a fazer parte do seu dia-a-dia.   

Planejamento e cronograma de treinamento estabelecido, iniciei a preparação específica (Física, Nutricional e Psicológica), foram 6 meses de foco e dedicação, perfazendo um total de 106 treinos, com 1.250,19 Km rodados, 131h:23m:17s, 12.647 de acúmulo de elevação e 91.350 Calorias queimadas, além de aulas de musculação, pilates e bike. Acordar aos domingos às 4 horas da manhã para iniciar os treinos passou integrar a nossa rotina da semana, em função das altas temperaturas climáticas que ultrapassam aos 40 graus em nossa cidade de Cuiabá/MT, citada várias vezes no Jornal Nacional como “CUIABRASA”.

Também, não poderia deixar de citar e agradecer o grande apoio e compreensão dos familiares e amigos nas ausências causadas, quem corre sabe o que é isso. Você passa a ser o ‘chato’ da turma. Mas tudo por uma boa causa (risos). Daí outro e importante desafio conciliar e manter o equilíbrio dos treinos com os compromissos profissionais, familiares e sociais que também fazem parte para construção das conquistas. 

Tudo Pronto! Chegamos a Chamonix/França uma das bases da prova, alvo do meu objetivo – Chegada da prova (FINISHER!). O Grande dia!  Acordar às 2 horas da matina para realizar mais uma checagem e ajuste nos equipamentos obrigatórios da prova e vamos lá! Embarcar no ônibus com destino a Orsiéres/Suíça, adrenalina a “1000”, muita expectativa do que viria pela frente . ‘O novo’, mais a certeza de estar preparado e pronto para superar os desafios impostos pela natureza e realizar o sonho e cumprir com o objetivo tão desejado.

Após mais de 1 hora de viagem lá estávamos no pórtico de largada no distrito de Orsiéres, naquele momento tivemos a constatação do quanto a prova é desejada, havia atletas do mundo inteiro (87 países), uma sinergia única, um objetivo comum – “’concluir a prova’. Ficamos aguardando a tão sonhada contagem regressiva 10, 9, 8, 7…  E às 08h15min foi dada a Largada! ULTRA-TRAIL DU MONT-BLANC, Categoria OCC (Orsières, Champex e Chamonix) – 53Km, 3.300 metros de subida, tempo limite de 14 horas e quatro pontos de cortes (24, 34, 45 e 53Km) para serem superados e pudéssemos cruzar a linha de chegada. Bora lá!

Cruzando pelas longas trilhas e lugarejos que iam cruzando de um país a outro, encarando fortes subidas e descidas pelas belas montanhas da região dos Alpes. Tinha momentos que você não sabia o que era pior, subir ou descer.  Experiência inacreditável, nada nunca vivido, em outras provas já realizadas com alto grau de dificuldade.

 Quando você depara com aquelas altas montanhas. Imaginou? Eu também. Então! É mais alta ainda, foi esse o sentimento que tive em relação ao que pensava, apesar de ter simulado os treinos com inclinações próximas das que iriam ter na prova. Agora! Fazer a rotação do Mont-Blanc – “És belo, és forte, impávido colosso”, foi um momento mágico e motivador para que eu pudesse  renovar as energias para dar continuidade à prova.

E fomos nós! Cruzando pelas regiões de Champex, La Giète, Trient, Catogne, Vallorcine, Col des Montets, La Flégère onde durante a realização do percurso tive que fazer ajustes na estratégia da corrida, em função do grau de dificuldade e pela manutenção das condições físicas e variação climática, chegando aos 31 graus, o que pra nós não era a maior desafio a ser superado, pois a previsão era terminar a prova com 10h e 30 min. O momento da grande expectativa: cruzar o penúltimo ponto de corte e completar a última subida da prova – KM 45, já no município de Chamonix/França. Agora! Eram os 8 kms finais e montanha abaixo. Como diz o nosso amigo e parceiro de Corrida Simonei Simioni: ‘Agora é faca nos dentes e sangue nos olhos!’ Naquele momento o pensamento era um só: ‘Chegar!’ As dores e o cansaço passaram, energia revigorada, motivação a ‘1000’.

‘Verás que um filho teu não foge a luta’. E com esse pensamento e sentimento no coração lá fui, montanha abaixo. À noite, acendemos a lanterna de cabeça e encaramos os dois últimos desafios: a trilha noturna e cruzar o pórtico da linha de chegada tão esperada. Ao entrar na cidade de Chamonix, mais uma vez escutamos: ‘Allez! Allez! Allez! BRÉSIL! BRÉSIL!’.

E lá estavam eles a nossa frente: o pórtico de chegada, a igreja e a montanha ao fundo, um cenário perfeito e abençoado – 6.009 calorias queimadas e  12 horas, 58 minutos e 51 segundos, foi o tempo oficial para a realização de um sonho construído. A superação de um desafio pessoal. Uma viagem no tempo, momentos de reflexão, uma terapia, uma conquista e poder escutar da organização da prova: OCC 9491 – Willians, Brésil! – FINISHER!”

Aos 16 anos, o servidor do TRT23, Willians Kauffmann, foi convidado por um amigo para correr na pista do Fundão, campus da Universidade Federal do Rio de Janeiro, localizado na Ilha Governador, nos arredores do aeroporto internacional Tom Jobim (Galeão). A partir desse dia, foi o servidor quem decolou para as ruas e trilhas em provas de corrida que pratica religiosamente há 37 anos. “Lembro que a primeira prova oficial que eu e o meu amigo Paulo Alcântara fizemos foi na orla das praias de Ipanema e Copacabana”, disse.
 
Quando mudou do Rio de Janeiro, seu local de nascimento, para Mato Grosso, Willians se adaptou ao novo cenário e continuou os treinos para manter o condicionamento físico “e para liberar o estresse do dia a dia. Nesse período, eu servia no 9º Batalhão de Engenharia de Construção por ter formação em engenharia militar e atuava na gestão de construção das estradas federais, pontes e pistas de aeroportos em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Fazia a corrida nas estradas vicinais que estávamos construindo no interior do Estado e esse período exigiu bastante determinação, já que trabalhava em torno de 12 horas por dia”, relembra.
 
Após a passagem pela engenharia militar, ele se tornou servidor da Justiça Federal por conta da aprovação no primeiro concurso realizado pelo TRT23 onde está até hoje. “Já com os dois filhos fazendo voo solo passei a me dedicar com maior frequência às corridas de rua e de trail run (trilhas), conciliando turismo e férias, além das viagens de ‘bate e volta’ que duram o fim de semana”, explica.

Benefícios da corrida

Para ele, a corrida tem dois benefícios principais: manter a qualidade de vida e superar desafios pessoais. Com participação em meia maratona, maratona e corridas de trilha no Brasil e no exterior, Willians destaca outros ganhos proporcionados pelas participações nas provas: “Gosto de conhecer novos lugares, fazer amizades, experimentar um bom vinho e uma gastronomia diferente, afinal temos que repor as calorias queimadas e fazer a hidratação (risos). É muito bom fazer turismo esportivo”, recomenda.
 
Mas algumas provas não são tão fáceis quanto parecem: a última maratona disputada por Willians foi realizada no dia 27 de agosto, no alpe Mont-Blanc, localizado na fronteira entre França, Itália e Suíça, a Ultra-Trail du Mont-Blanc (UTMB), sendo o único representante de Mato Grosso na competição. Ele disputou a prova com extensão de 53km que foi concluída após 12 horas e 58 minutos. 
 
“O início da prova é o momento da expectativa, passa uma série de questionamentos na sua cabeça, principalmente nas provas de longas distâncias e de resistência, onde estar com o psicológico em harmonia com o físico é fundamental. No meio da prova você já atingiu o estado de equilíbrio do corpo e da mente e está efetivamente inserido no ambiente. É o momento de fazer uma análise prévia do que foi planejado e de como está a sua performance real naquele instante da prova e, se for o caso, realizar as adequações para que o resultado seja alcançado. O fim da prova é o momento de superação do desafio pessoal, do alcance do objetivo e a concretização do que foi treinado durante um período de 6 meses ou mais. É impossível não se emocionar, principalmente nas provas onde as exigências físicas e psicológicas são grandes.”
 
A expectativa para essa prova começou meses antes, durante a pré-inscrição, em dezembro de 2014. “No dia 21 de janeiro tive a grande alegria de receber o e-mail de confirmação de inscrição da organização. Em todos os eventos foram 15.500 pré-inscrições, desses 7500 estiveram no pórtico de largada das respectivas provas. Essa é a maior competição de Ultra-Trail e pode ser comparada a Copa do Mundo para o futebol. Além da prova que participei, a OCC (53 km – 3.300 metros de elevação), tiveram outras modalidades, com largadas distintas”, disse. 

Preparação para as provas

A preparação para as competições exige, de acordo com Willians, disciplina e conciliação entre o trabalho, a família e os âmbitos sociais e espirituais. “E o grande desafio é manter o equilíbrio nessas dimensões da vida”, afirma. Além dessa conciliação, é preciso programar um treino para cada prova mas ele mantém uma frequência de “três a quatro corridas na esteira (alternando inclinação) por semana, na rua, estrada de chão, trilhas e corridas longas (acima de 16 km) que são realizadas aos finais de semana. Quando realizo treinos longos tenho que acordar às 4 horas da manhã por conta da alta temperatura de Cuiabá e alguns dias vou com um grupo para Chapada dos Guimarães (65km da capital), onde o clima é mais ameno. Além dos treinos de corrida realizo musculação, exercícios funcionais e pilates de solo três vezes por semana. Por opção e metodologia de trabalho não faço treinos de tiros de corrida, prefiro treino de subida/inclinação e de caminhada/trekking que são essenciais para as provas de longas distâncias realizadas em trilhas técnicas e montanhas”, explica.
 
Além disso, ele realiza exames periódicos (laboratoriais e clínicos) “para garantir o resultado seja na saúde, qualidade de vida e bem-estar, mesmo que o motivo seja competitivo. Ressalto que a pessoa nunca deve se colocar em risco durante uma prova, seja por questões de segurança ou de saúde, pois o único prejudicado será você. Até agora não passei pela experiência de ter que optar em abandonar uma prova, com certeza uma decisão difícil, mas não teria dúvida em tomar esta decisão. Por isso, mais importante que conhecer o trajeto da prova é conhecer a si próprio, então é preciso treinar a humildade para não ter dúvida na hora que tiver que tomar essa decisão”, afirma.
 
Confira abaixo o relato detalhado da prova realizada por Willians no alpe Mont-Blanc. 

Um dos cenários vistos por Willians durante a prova Ultra-Trail du Mont-Blanc.

Mont-Blanc – O Sonho de uma Conquista! Suíça – Itália – França 

Allez! Allez! Allez! (Vai! Vai! Vai!) era o que escutávamos quando passávamos pelos lugarejos e distritos, a população saudando os corredores que participavam da maior prova de Trilha do Mundo a Ultra-Trail du Mont-Blanc (UTMB) – realizada no último dia 27 de agosto. Esse evento é sonho de todo corredor amante do Trail Run.

Meu primeiro grande desafio foi quando fiz a pré-inscrição em 17/12/2014, com a expectativa de concorrer com corredores de Trail Run do mundo inteiro e ser selecionado. No dia 21 de janeiro tivemos a grande alegria de receber o e-mail de confirmação de inscrição da organização. Em todos os eventos foram 15.500 pré-inscrições, desses 7500 estiveram no pórtico de largada das respectivas provas.  

Fui o único representante de Mato Grosso a participar da maior competição de Ultra Trail, comparada a Copa do Mundo para o futebol. Além da prova que participei OCC (53 km – 3.300 metros de elevação), tiveram outras modalidades, com largadas distintas: YCC (15Km – 1000 metros de elevação), CCC (101Km – 6.100 metros de elevação), TDS (119Km – 7.250 metros de elevação), UTMB (170Km – 10 mil metros de elevação) e PTL (300Km – 26 mil metros de elevação). A partir daí, o sentimento da necessidade de superação do desafio pessoal e realização do sonho que é cruzar a linha de chegada (FINISHER!) passa a fazer parte do seu dia-a-dia.   

Planejamento e cronograma de treinamento estabelecido, iniciei a preparação específica (Física, Nutricional e Psicológica), foram 6 meses de foco e dedicação, perfazendo um total de 106 treinos, com 1.250,19 Km rodados, 131h:23m:17s, 12.647 de acúmulo de elevação e 91.350 Calorias queimadas, além de aulas de musculação, pilates e bike. Acordar aos domingos às 4 horas da manhã para iniciar os treinos passou integrar a nossa rotina da semana, em função das altas temperaturas climáticas que ultrapassam aos 40 graus em nossa cidade de Cuiabá/MT, citada várias vezes no Jornal Nacional como “CUIABRASA”.

Também, não poderia deixar de citar e agradecer o grande apoio e compreensão dos familiares e amigos nas ausências causadas, quem corre sabe o que é isso. Você passa a ser o ‘chato’ da turma. Mas tudo por uma boa causa (risos). Daí outro e importante desafio conciliar e manter o equilíbrio dos treinos com os compromissos profissionais, familiares e sociais que também fazem parte para construção das conquistas. 

Tudo Pronto! Chegamos a Chamonix/França uma das bases da prova, alvo do meu objetivo – Chegada da prova (FINISHER!). O Grande dia!  Acordar às 2 horas da matina para realizar mais uma checagem e ajuste nos equipamentos obrigatórios da prova e vamos lá! Embarcar no ônibus com destino a Orsiéres/Suíça, adrenalina a “1000”, muita expectativa do que viria pela frente . ‘O novo’, mais a certeza de estar preparado e pronto para superar os desafios impostos pela natureza e realizar o sonho e cumprir com o objetivo tão desejado.

Após mais de 1 hora de viagem lá estávamos no pórtico de largada no distrito de Orsiéres, naquele momento tivemos a constatação do quanto a prova é desejada, havia atletas do mundo inteiro (87 países), uma sinergia única, um objetivo comum – “’concluir a prova’. Ficamos aguardando a tão sonhada contagem regressiva 10, 9, 8, 7…  E às 08h15min foi dada a Largada! ULTRA-TRAIL DU MONT-BLANC, Categoria OCC (Orsières, Champex e Chamonix) – 53Km, 3.300 metros de subida, tempo limite de 14 horas e quatro pontos de cortes (24, 34, 45 e 53Km) para serem superados e pudéssemos cruzar a linha de chegada. Bora lá!

Cruzando pelas longas trilhas e lugarejos que iam cruzando de um país a outro, encarando fortes subidas e descidas pelas belas montanhas da região dos Alpes. Tinha momentos que você não sabia o que era pior, subir ou descer.  Experiência inacreditável, nada nunca vivido, em outras provas já realizadas com alto grau de dificuldade.

 Quando você depara com aquelas altas montanhas. Imaginou? Eu também. Então! É mais alta ainda, foi esse o sentimento que tive em relação ao que pensava, apesar de ter simulado os treinos com inclinações próximas das que iriam ter na prova. Agora! Fazer a rotação do Mont-Blanc – “És belo, és forte, impávido colosso”, foi um momento mágico e motivador para que eu pudesse  renovar as energias para dar continuidade à prova.

E fomos nós! Cruzando pelas regiões de Champex, La Giète, Trient, Catogne, Vallorcine, Col des Montets, La Flégère onde durante a realização do percurso tive que fazer ajustes na estratégia da corrida, em função do grau de dificuldade e pela manutenção das condições físicas e variação climática, chegando aos 31 graus, o que pra nós não era a maior desafio a ser superado, pois a previsão era terminar a prova com 10h e 30 min. O momento da grande expectativa: cruzar o penúltimo ponto de corte e completar a última subida da prova – KM 45, já no município de Chamonix/França. Agora! Eram os 8 kms finais e montanha abaixo. Como diz o nosso amigo e parceiro de Corrida Simonei Simioni: ‘Agora é faca nos dentes e sangue nos olhos!’ Naquele momento o pensamento era um só: ‘Chegar!’ As dores e o cansaço passaram, energia revigorada, motivação a ‘1000’.

‘Verás que um filho teu não foge a luta’. E com esse pensamento e sentimento no coração lá fui, montanha abaixo. À noite, acendemos a lanterna de cabeça e encaramos os dois últimos desafios: a trilha noturna e cruzar o pórtico da linha de chegada tão esperada. Ao entrar na cidade de Chamonix, mais uma vez escutamos: ‘Allez! Allez! Allez! BRÉSIL! BRÉSIL!’.

E lá estavam eles a nossa frente: o pórtico de chegada, a igreja e a montanha ao fundo, um cenário perfeito e abençoado – 6.009 calorias queimadas e  12 horas, 58 minutos e 51 segundos, foi o tempo oficial para a realização de um sonho construído. A superação de um desafio pessoal. Uma viagem no tempo, momentos de reflexão, uma terapia, uma conquista e poder escutar da organização da prova: OCC 9491 – Willians, Brésil! – FINISHER!”

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