Vários Erasmos num só: conheça um dos grandes nomes da música brasileira
Poeta, filósofo, romântico incurável ou roqueiro inveterado. Falar sobre Erasmo Esteves, ou Erasmo Carlos – como queiram – é remeter a 50 anos de carreira musical, reunidos em 26 álbuns de que o consagram como o gentil músico da Tijuca, Zona Norte do Rio de Janeiro.
Na gravadora RGE, até o final dos anos 60, o cantor gravou discos com acompanhamento dos amigos Renato e seus Blue Caps, os Fevers, The Jet Black´s e The Jordans, além do Som Três de César Camargo Mariano.
Erasmo Carlos é aquele que desde a adolescência se destacou entre os vários fãs de rock´n´roll e bossa nova. Tim Maia e Jorge Ben, também loucos por música, faziam parte dessa turma. Sua carreira teve início com a banda Snakes, formada junto aos dissidentes dos Sputniks, banda local que acabou após uma briga entre Roberto Carlos e Tim Maia. Sem muito sucesso, Snakes não durou muito e logo chegou ao fim.
Seu primeiro LP foi gravado para a Discos Copacabana, quando dividia vocais com o baixista Paulo César, Renato & Seus Blue Caps. Não muito depois, esses parceiros acompanhariam Roberto Carlos na gravação de “Splish Splash”, numa versão para o português feita por Erasmo, que garantiu não só a contratação de Renato & Seus Blue Caps pela CBS, como também o nascimento da lendária parceria entre Roberto Carlos e Erasmo.
Na década de 1970, com o fim do programa Jovem Guarda, Erasmo mergulhou ainda mais na bossa e na MPB. Influenciado pelo movimento tropicalista e pela música negra americana, deu origem a uma seqüência antológica de discos. São eles “Carlos, Erasmo…” (1971), “Sonhos & Memórias 1941-1972” (1972) e “Pelas Esquinas de Ipanema” (1978). No início dos anos 80, em período de grande sucesso comercial, vieram os discos “Erasmo Carlos Convida…” (1980), “Mulher (Sexo Frágil)” (1981) e “Amar Pra Viver ou Morrer de Amor” (1982), entre muitos outros álbuns produzidos ao longo de sua carreira, que dura até hoje.
As parcerias musicais de Erasmo passam por nomes como Chico Buarque, Lulu Santos, Zeca Pagodinho, Skank, Los Hermanos, Os Cariocas, Djavan, Adriana Calcanhoto, Simone, Marisa Monte, Kid Abelha, Milton Nascimento, Arnaldo Antunes, Chico Amaral, Nelson Mota e Frejat.
Em sua carreira consta ainda o livro “Minha Fama de Mau”, onde conta suas divertidas memórias, “com cabeça de homem e coração de menino”.
Confira algumas das histórias de Erasmo Carlos, desde a infância humilde à consagração como o gentil músico carioca.
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