Com três discos autorais, servidor do TRT3 prioriza liberdade de criação
Aos 12 anos, o servidor do TRT3, Marcelo Camargo dos Santos, iniciou o aprendizado musical no violão popular e não parou mais. “Depois veio o estudo por dois anos de Teoria Musical na Fundação Clóvis Salgado/Escola Cantorum e viola de orquestra. Aos 20 anos, dois anos de estudo de Canto Popular com a professora e cantora lírica Mary Armendani. Violão Erudito na OMB e dois anos de piano com o professor Vander Soares.”
Atualmente, com três discos autorais e independentes gravados, Marcelo que também é compositor, afirma que optou pelo caminho mais difícil, quando se fala em atividade profissional no ramo musical. “O espaço para se estabelecer depende da pretensão e expectativas do compositor. Hoje, se almeja sucesso, tem que abrir mão da construção de melodias e harmonias mais elaboradas, bem como do lirismo das letras. Não abro mão da minha liberdade de criação. É preciso também investir em instrumentos de qualidade reconhecida e equipamentos profissionais.”
Inspirado pelos conterrâneos de Minas Gerais, Marcelo enumera os artistas e bandas nacionais e internacionais que estão presentes em seu cotidiano, seja como ouvinte ou durante o trabalho musical: “Clube da Esquina: Milton Nascimento, Toninho Horta, Lô Borges, Flávio Venturini, Beto Guedes… No cenário nacional, O Terço, Chico Buarque, Djavan, Jobim, Gil, Caetano, Paulinho Nogueira, Paulinho da Viola, Lenine… No cenário internacional, Yes, Genesis, Beatles, Neil Young, Steve Wonder, Eric Clapton…”, disse.
Com 53 anos de idade, ele também explica que houve uma mudança na maneira como compõe suas canções: “Antigamente era movido a sofrimento. A melancolia, a atmosfera noturna e a contestação política eram gatilhos da inspiração. Atualmente não preciso de nada disso. Basta sentar com o violão, uma folha de papel, um lápis ou caneta, e um pacto interno de criar que as melodias fluem imediatamente com a harmonia, às vezes com a letra simultaneamente.”
Para Marcelo, a atuação musical é um contraponto produtivo, em relação à atividade judicial que demanda atuação interna, externa e também domiciliar. “A arte liberta a criatividade, reduz a adrenalina da função de agente do Estado e faz a conexão com outros sentimentos que passam longe dos conflitos que caracterizam a atividade judicial”, afirma.
Confira abaixo o clipe da música “Dom de ser feliz”. Para entrar em contato com o cantor e compositor e conhecer outras músicas de autoria de Marcelo Camargo, envie e-mail para marcelokamargo@uol.com.br.
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