CNJ estabelece novas regras para o Ranking da Transparência
Entre elas estão a inclusão de itens a respeito das ações de acessibilidade.
Gerenciar o tempo é um dos desafios para as pessoas que trabalham remotamente. Antes da pandemia causada pelo Covid-19, o teletrabalho ou trabalho remoto era restrito apenas aos servidores que requisitavam a modalidade ao Tribunal. A partir de agora, a vivência de trabalhar “de casa”, por conta do isolamento social e da quarentena, passará a fazer parte das histórias de vida de quase todos os servidores do Judiciário.
Na edição da ANAJUSTRA em Pauta publicada em dezembro de 2019, disponível para leitura online, é possível conhecer as experiências de servidores que optaram pelo trabalho remoto por questões pessoais, seja para otimizar o tempo ou se dedicar a outra atividades, a exemplo do servidor João Calaça, que também é escritor.
Para as servidoras Luciana Gebra, do TRT15, e Renata Wolff, do TRT4, a primeira experiência com o trabalho remoto trouxe reflexões sobre a mudança atípica e repentina no cotidiano. Fernando Borges, do TRT5, também está entre a quase totalidade de servidores vivenciando o teletrabalho pela primeira vez. Eles compartilharam suas primeiras impressões em uma breve entrevista feita por e-mail.
Confira alguns trechos:
Renata Wolff – TRT4
Renata Wolff, além de servidora do regional gaúcho também é escritora e está cursando o mestrado em Escrita Criativa na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS). Para ela, conseguir organizar as tarefas de acordo com os “papéis” desempenhados nessas frentes é o aspecto mais desafiador.
“No meu caso pessoal, apesar de não depender da colaboração de outras pessoas (como é o caso, por exemplo, de quem tem crianças em casa), o desafio mesmo assim se apresenta porque me vejo ‘alternando os chapéus’ de servidora, de estudante (curso um mestrado na PUC-RS) e de escritora, com todas demandas surgindo simultânea e indistintamente ao longo do dia, às vezes com uma relativa urgência que pede atenção naquele momento.
É claro que essa simultaneidade já acontecia no trabalho presencial, mas sinto que, naquela modalidade, o trabalho como servidora estava mais ‘blindado’: logisticamente, fisicamente, mentalmente, eu estava no Tribunal, me dedicando exclusivamente àquilo, salvo por um ou outro compromisso que pudesse ser tratado com brevidade por telefone ou e-mail. Agora as coisas estão mais fluidamente mescladas; nada me impede de atender qualquer uma delas. Nisso, outro fator também se faz sentir, que é o meu ritmo particular de atividade mental, muito mais noturno. Com a relativa liberdade de horário, tenho deslocado parte das atividades (dessa mescla minha de funções) para a noite, quando as demandas cessam.”
Renata também compartilha outros aspectos da nova rotina e reflete sobre a possibilidade de trabalhar remotamente.
“Ainda é um processo de adaptação, mas é importante ressaltar que, principalmente no cenário que vivemos e testemunhamos, constitui um enorme privilégio a possibilidade de continuar prestando nossos serviços aos jurisdicionados e manter nosso sustento, dispondo, como dispomos, dos meios de comunicação, das ferramentas necessárias e do suporte material e técnico do tribunal. Então, tenho certeza de que mesmo os desafios do teletrabalho são superáveis ou no mínimo contornáveis. A preocupação maior vem, isso sim, do contexto maior de incertezas, de ansiedade pela saúde e pela subsistência nossa (vem aí a proposta de corte de salários) e de nossos semelhantes, e da postura estarrecedora de alguns dos nossos governantes perante a pandemia do COVID-19.”
Luciana Gebra – TRT15
Luciana Gebra atua no TRT de Campinas e também se dedica à gastronomia funcional. Ela compartilha suas percepções da rotina atual e do período de adaptação, ainda em andamento.
“Fomos pegos de surpresa e, nos adaptar a essa mudança drástica em nossa rotina, foi bastante custoso para a grande maioria dos servidores, acostumados com o convívio com os colegas, com suas estações de trabalho, equipamentos adequados, entre outros. Apesar de todo o transtorno, nossa Informática nos auxiliou com excelência, nos disponibilizando todo suporte e recursos necessários para que nosso trabalho não fosse interrompido.”
Enquanto profissional da gastronomia, ela também chama a atenção dos colegas para aspectos importantes do dia a dia, a exemplo das pausas e da ingestão de alimentos nutritivos.
“Em casa, vivenciando essa situação atípica, a tendência é trabalharmos muito mais tempo que presencialmente. Assim, uma dica que gostaria de compartilhar com os colegas é estabelecer um horário para o trabalho e cumpri-lo.
Devemos fazer pausas, tomar bastante água ao longo do dia, levantar e dar uma voltinha pela casa, para que a musculatura não fique tão parada.
Procurar ingerir mais frutas e verduras, que são ricas em vitaminas, minerais e compostos funcionais. O ideal é a ingestão mínima de 500 gramas ao dia. Isso fortalecerá nosso sistema imunológico e, se porventura entrarmos em contato com o vírus, ele poderá não se manifestar.”
Luciana também explica como está em contato com os colegas de trabalho e envia uma mensagem positiva para todos os servidores da JT: “Nós, da Seção de Frequência de Servidores, fizemos um grupo no Hangouts e estamos continuamente nos comunicando. Assim, mesmo em casa, é como se estivéssemos todos juntos, trabalhando, discutindo casos, compartilhando conhecimentos, e também mantendo nossa amizade, nossas conversas diárias, tão importantes para que saiamos desse período fortalecidos e com a grata sensação de dever cumprido“.
Fernando Borges – TRT5
Quando não está dedicado às suas funções no regional baiano, Fernandinho Borges, seu nome artístico, está compondo canções. A rotina online é destacada por ele, nesse novo cenário.
“No meio desse contingente de teletrabalhadores, cá estou eu, participando de reuniões on line; trocando ideias por WhatsApp; preparando despachos online, enfim, praticamente vivendo online, se considerarmos que, além de minha jornada funcional, tem o tempo de rede social e de TV (informações, filmes, estudos, etc.).
Sobra o tempo da alimentação, do exercício e do sono.”
O músico e servidor também nos fala sobre sobre a convivência familiar.
“Ainda bem que, aqui em casa, temos o hábito de conversar. Então, como não falta assunto, o meu tempo está completo. Com a agenda cheia, até que a semana está passando rápido!“, afirma.
Confira os especiais sobre teletrabalho:
Especial Teletrabalho do TST: o trabalho onde você estiver
Manual de Orientação do Teletrabalho
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