CNJ estabelece novas regras para o Ranking da Transparência
Entre elas estão a inclusão de itens a respeito das ações de acessibilidade.
Os dados da segunda rodada da pesquisa “Saúde mental de magistrados e servidores no contexto da pandemia da covid-19”, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), divulgados nesta semana, revelam que o segundo ano da pandemia da covid-19 teve grande impacto na vida pessoal e profissional dos trabalhadores do Judiciário.
Dos 21.646 participantes, a maioria admitiu apresentar cansaço, insônia, dificuldade de concentração, aumento de peso e dores musculares, sintomas que não eram sentidos antes do surto. Eles também relataram sentir medo e desânimo diante do cenário atual.
O estudo realizado de maneira virtual, em dezembro de 2021, atualizou os dados captados no primeiro ano da pandemia. Magistrados representaram pouco mais de 9% dos participantes e os servidores, 81,8%. Funcionários comissionadas sem vínculo foram 6,7% do total.
Deles, 21% estava em trabalho híbrido, com predominância do virtual e 11,5% tinham o trabalho presencial como predominante. 19% permanecia em home office e 30% do quadro estava atuando presencialmente.
Carga extra
Como na primeira pesquisa, os dados revelaram ainda que a grande maioria do quadro está trabalhando mais, seja em modelo híbrido ou remoto. Essa foi a resposta de 54,8% dos participantes. No primeiro ano da pandemia, eles representavam 38% dos respondentes.
E se o volume de trabalho é maior, o expediente também é. E isso foi constatado na pesquisa. Para 66,6% dos trabalhadores, agora é preciso dedicar mais horas ao trabalho. Anteriormente, essa percepção foi tida por 47,5%.
Em relação à forma de trabalho, 15% disse não se sentir confortável para voltar ao trabalho presencial, mesmo que regras de segurança sejam adotadas. E 35% preferem manter a forma virtual para reuniões de trabalho.
Para sentirem segurança em uma provável volta ao trabalho presencial, dois em cada três profissionais do Judiciário (66,1%) citaram como requisito a obrigatoriedade de apresentação de comprovante de vacina. O uso obrigatório da máscara dentro das unidades de Justiça foi indicado por 65% e o estabelecimento de um rodízio de trabalho foi elencado por 63% do total de pessoas entrevistadas.
Vacinação em dia
A pesquisa de dezembro trouxe como novidade dados da cobertura vacinal dos magistrados e servidores. 97,4% do quadro está imunizado com duas ou mais doses ou dose única. Do total de participantes, cerca de 23% já tiveram a doença, comprovadamente, e 62,9% disseram que não.
Mais de 50% deles perderam familiares e amigos.
Perfil
Dos mais de 21 mil respondentes da pesquisa, a maioria era formada por magistrados e servidores da Justiça Estadual (13.650), ramo com mais unidades e força de trabalho de todo o Judiciário nacional. A Justiça do Trabalho vem em segundo lugar (13,8%), seguida da Justiça Eleitoral (11,5%), Justiça Federal (9,6%) e Tribunais Superiores (1,2%). Demais ramos participaram com menos de 1%.
As mulheres representaram 57% do total e 43% foram homens. A maioria dos participantes se identificou como pessoa branca (quase 70%), casada e fora do grupo de risco da doença. Entre os que integram o grupo de risco, 14% têm pressão alta e 6,7% são obesos.
Pesquisa
Desde 2020, o CNJ tem levantado junto aos profissionais da Justiça o que mudou em suas vidas desde que passaram a lidar com as medidas sanitárias necessárias para conter a covid-19.. O resultado da pesquisa – realizada a pedido do Comitê Gestor Nacional de Atenção Integral à Saúde de Magistrados e Servidores – serve para que o órgão trace um panorama de ações que deverão ser priorizadas para proteger a saúde das equipes da Justiça. A pesquisa foi anônima, sigilosa e voluntária.
(Com informações do CNJ)
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