Pix terá novas regras de segurança a partir de 1º de novembro
Limites de transferência, cadastro prévio e pix automático estão entre as…
Ter uma conta do WhatsApp clonada é cada vez mais comum. Os golpistas utilizam diferentes métodos para invadir contas no mensageiro. Um dos mais conhecidos consiste em acessar ilegalmente as conversas da vítima e se passar por ela para pedir dinheiro a parentes e amigos, que são levados a fazer depósitos em contas de terceiros.
O golpe tem sido tão comum que muito provavelmente você deve conhecer casos de amigos e parentes que passaram exatamente por isso. Não é mesmo?
Mas como os bandidos fazem isso? Em uma simples ligação, eles convencem o usuário a informar por telefone o código de seis números enviado pelo WhatsApp por mensagem SMS, necessário para concluir a autenticação da conta em outro celular.
Outra maneira de sequestrar a conta do WhatsApp é por meio do SIM swap, que consiste na clonagem dos chips do celular feita com a ajuda de funcionários mal intencionados das telefônicas. E essa é uma das mais ousadas e eficientes táticas dos criminosos, pois com ela o telefone da vítima perde a conexão (voz e dados) e todos os SMS e chamadas de voz destinados à vítima serão destinados aos golpistas.
Outras formas de aplicar esses golpes envolvem o roubo de dados em sites de vendas e a utilização de aplicativos espiões, como os stalkerwares, que podem espelhar todas as conversas de um celular.
Como se proteger?
A primeira orientação do consultor financeiro da ANAJUSTRA Federal, José Carlos Dorte, é conhecer todas as ferramentas de segurança do seu smartphone. “Muitas vezes a pessoa compra o melhor aparelho, mas não sabe o básico sobre ele para ter segurança em qualquer troca de dados ou transação.”
Dorte lembra que é essencial ainda conhecer as regras básicas de segurança dos aplicativos instalados nos celulares. O WhatsApp, por exemplo, disponibiliza o recurso de “verificação em duas etapas”.
Para ativá-lo, abra o app, clique em “Ajustes”, depois em “Conta” e então ative “verificação em duas etapas”. A senha de seis dígitos será solicitada sempre que a conta for instalada em um novo aparelho, além de ser pedida com frequência no uso do app. “Essa medida dificulta a ação dos criminosos. Não usá-la é como abrir as portas da sua casa para um assalto”, diz ele.
Outra dica do consultor é nunca deixar o WhatsApp Web conectado, uma vez que, isso possibilita que alguém tenha acesso às suas mensagens.
Para desativar todos os dispositivos em que a conta estiver conectada, siga os passos:
Android: Menu principal (três pontos no topo direito da tela inicial do WhatsApp) > WhatsApp Web > Sair de todas as sessões?
iOS: Ajustes (canto direito da tela inicial do WhatsApp) > WhatsApp Web/computador > Sair de todas as sessões.
Como saber se seu WhatsApp foi clonado?
Se existem mensagens não enviadas por você constando em seu celular e se algumas conversas constam como lidas, mesmo você não tendo sido notificado, você provavelmente teve sua conta clonada.
Alerte seus conhecidos, pois os golpistas provavelmente vão utilizar sua lista de contatos para solicitar informações sigilosas e pedir depósitos em dinheiro.
O WhatsApp também deve ser notificado. Para isso, o usuário deve enviar um email com a seguinte frase no assunto e no corpo do texto: “Perdido/Roubado: Por favor, desative minha conta”. Inclua também o seu telefone no formato internacional: +55 (código do Brasil), o DDD de sua área e o número do celular. O endereço de destino é o support@whatsapp.com. Esse processo pode demorar alguns dias. Sua conta será desativada e você terá 30 dias para reativá-la.
Outra recomendação é fazer um boletim de ocorrência para evitar problemas posteriores.
Intuição
Dificultar a ação dos criminosos é fundamental para evitar fraudes, mas quando elas acontecem a intuição é a principal defesa das pessoas, afirma Dorte.
“É ela que nos leva a desconfiar de mensagens como as enviadas por esses golpistas do WhatsApp. Pare para pensar. Sua mãe, irmão, amigo pediria um depósito para você por mensagem? Geralmente, quando precisamos, fazemos isso pessoalmente”, alerta ele.
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