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Os alvos da operação são investigados por falsa identidade, estelionato, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
A Polícia Civil do Distrito Federal realizou uma operação, na sexta-feira (8), para desarticular uma associação criminosa que atua em diversos estados, responsável por aplicar golpes virtuais com o uso do nome de autoridades públicas de alto escalão e de escritórios de advocacia.
A investigação começou há sete meses após a delegacia da região central de Brasília ser acionada pelo sócio do governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB).
Os golpistas usaram o nome do mandatário do Executivo, por meio do seu escritório de advocacia e sua logomarca, para entrar em contato com as vítimas que tinham um processo em andamento.
Os policiais cumpriram 12 mandados de busca e apreensão em Fortaleza (CE) e no Recife (PE), com apoio das polícias locais.
Segundo a investigação, as vítimas eram enganosamente induzidas a transferir uma determinada quantia para a conta de uma pessoa física, a título de “custas”, para o levantamento de alvarás e recebimento de valores disponíveis, supostamente de vitórias em ações judiciais.
Para ter maior credibilidade à narrativa dos golpistas, eles utilizavam números de processos reais e se faziam passar pelos advogados que de fato patrocinavam a causa específica do cliente em juízo.
Segundo a polícia, os golpistas movimentaram mais de R$ 600 mil com os golpes.
O governador do DF é advogado de formação e já foi presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional DF (OAB-DF). O político se afastou do escritório para se decidir ao GDF quando foi eleito.
Os alvos da operação são investigados por falsa identidade, estelionato, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Se condenados, os autores poderão cumprir penas superiores a 20 anos de prisão.
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