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A vida é melhor com um pet

18/02/2022 15:38 | Fonte: Da assessoria

Oferecendo suporte emocional em tempos de isolamento social, os animais de estimação são novos membros da família e têm legislação que os protege.

Em 2019, as famílias brasileiras cuidavam de 47,9 milhões de cães e gatos. | Foto: ANAJUSTRA Federal
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Cães e gatos, juntamente com furões, coelhos, calopsitas, hamsters e peixes de aquário, costumam ser os animais domésticos ou de estimação mais comuns, chamados de pet, do inglês “o animal de estimação, o predileto, o favorito, o querido”. E a palavra “querido” faz mais sentido do que nunca. De acordo com o levantamento “Pets em Casa”, realizado pela Hibou, empresa de pesquisa e monitoramento de mercado e consumo, a pandemia influenciou questões de relacionamento e convivência não só entre as pessoas, mas também com os animais de estimação, que se tornaram ainda mais queridos.

Considerando um ano de pandemia, entre julho de 2020 e julho de 2021, 17% dos entrevistados afirmaram ter adotado um pet e 54,9% disseram que ele foi um suporte emocional, nestes tempos de crise sanitária mundial. Além disso, 48,9% das pessoas informaram maior apego aos bichos devido ao superior convívio e 33,1% disseram que seus animais ficaram mais calmos com companhia em casa. Neste período, 29,8% relataram que os passeios aconteceram em horários alternativos, 19,1% que descobriram brincadeiras novas e 18,9%, se exercitaram com os bichinhos.

Segundo dados do Instituto Pet Brasil (IPB), a população mundial de pets aumentou cerca de 1,7% em 2020, em comparação ao ano anterior (2019), em especial de cães (2,1%) e gatos (3,1%). A procura por adoção de animais aumentou 400% durante os primeiros meses da pandemia, de acordo com dados da União Internacional Protetora dos Animais (UIPA), com sede em São Paulo. Por outro lado, o abandono de animais também tem aumentado. Embora não haja dados oficiais, ONGs e entidades que cuidam de bichos apontam que a onda de adoções em 2020 foi seguida por um aumento no números de animais desamparados por seus donos neste ano.

O Brasil é um dos países com maior número de animais domésticos por domicílio. Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2019, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os cães estão presentes em 33,8 milhões de domicílios e os gatos, em 14,1 milhões, totalizando 47,9 milhões de lares.

O número é significativo e, segundo o mesmo órgão, supera o total de crianças até os 12 anos em todo o país. Em 2013, por exemplo, os animais já haviam ultrapassado o quantitativo de crianças, que era de 45 milhões.

Sabemos que muitos servidores têm animais de estimação e recebemos muitos pedidos de novas parcerias para os pets, já que os custos para estes cuidados geram impacto expressivo no orçamento das famílias. Sobretudo quando adoecem.

Antônio Carlos Parente - Presidente da ANAJUSTRA Federal

Em 2019, cujos dados ainda serão processados e publicados pelo IBGE, o órgão estima que o número de crianças será ainda menor, de 38,3 milhões. Em 2019, o IBGE estimou que em 46,1% dos domicílios do Brasil havia pelo menos um cachorro (44,3% em 2013), o equivalente a 33,8 milhões de unidades domiciliares. “A região Sul apresentou a maior proporção, 57,4%, e a Nordeste a menor, 37,6%. Já os gatos estavam presentes em 19,3% dos domicílios (17,7% em 2013), o equivalente a 14,1 milhões. As regiões Norte e Nordeste apresentaram os maiores percentuais, 25,3% e 24,1%, respectivamente, e as regiões Sudeste e Centro-Oeste, os menores: 15,2% e 16,6%, respectivamente”, declarou o órgão à época.

Direito dos animais

No dia 20 de outubro de 2021, o presidente da República Jair Messias Bolsonaro sancionou a Lei nº 14.228 que dispõe sobre a proibição da eliminação de cães e gatos saudáveis pelos órgãos de controle de zoonoses, canis públicos e estabelecimentos oficiais congêneres. A eutanásia ainda pode ser usada em casos de doenças graves ou infectocontagiosas incuráveis que coloquem em risco a saúde humana e de outros animais.

Esta, claro, não é a primeira nem a maior das legislações em defesa dos animais no Brasil, mas com certeza é uma importante medida cujo objetivo é proteger aqueles que são recolhidos da rua por essas entidades e estimular a adoção e resgate por entidades de proteção dos animais.

Mesmo com algumas melhorias na legislação brasileira, como a sanção pelo presidente, em setembro de 2020, da lei que aumenta as penas para quem maltratar cães e gatos, o país está atrás de nações como México, Índia e Malásia em relação à proteção dos animais e, na edição 2020 do Índice de Proteção Animal da World Animal Protection, ranking que classifica os países de acordo com sua legislação e políticas de bem-estar animal, recebeu nota geral D, inferior a nota C obtida em 2014.

Na Holanda, por exemplo, cujo índice passou de B para A, nos últimos seis anos, não existem mais cachorros nas ruas. O motivo seria a implementação de um programa de castração e vacinação batizado de CNVR - sigla para Collect, Neuter, Vaccinate, Return, em inglês (ou coletar, castrar, vacinar e devolver, na tradução livre), tanto para animais de rua quanto para os que já moram com uma família.

Além disso, quem tem um animal também precisa registrá-lo junto ao governo e, em algumas cidades, pagar impostos que podem chegar a mais de 100 euros anuais para ter o direito de possuí-lo. O imposto para cachorros, contudo, vem sendo repensado nos últimos anos e cidades como Amsterdã já o aboliram.

O fato é que ter um animal de estimação em qualquer lugar do mundo e em qualquer circunstância, sobretudo, num contexto de pandemia, é uma grande responsabilidade. Comprá-lo ou adotá-lo requer estar ciente de que ele não poderá ser descartado como um objeto, e será de responsabilidade do dono enquanto viver.

Está em discussão no Congresso Nacional o Projeto de Lei 6054/19 (antigo PL 6799/13), de autoria do deputado Ricardo Izar (PP-SP), que veda o tratamento de animais como coisa. Atualmente, o Código Civil estabelece apenas duas categorias jurídicas: pessoas e coisas, sendo que os animais estão na segunda. O objetivo fundamental do projeto é reconhecer que os animais não humanos possuem natureza biológica e emocional, sendo seres sencientes, ou seja, passíveis de sofrimento.

A proposta já foi aprovada pela Câmara dos Deputados em 2017, mas foi alterada no Senado e, agora, aguarda votação na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara.

Necessidades, além do amor

O seu pet pode representar suporte emocional e companhia diária para você, mas o fato é que, em meio a tanta fofura e companheirismo, além de atenção e amor, ele tem necessidades especiais.

Alimentação e higiene adequadas são apenas os itens indispensáveis no dia a dia. Além disso, lazer e saúde, por meio de consultas periódicas ao veterinário e medicamentos adequados com receita veterinária, fazem parte do suporte que você precisa dar a ele.

Em 2022, a ANAJUSTRA Federal terá novidades especiais para o seu pet, que já faz parte da sua família, ou para o pet que você quer comprar ou adotar. “Sabemos que muitos servidores têm animais de estimação e recebemos muitos pedidos de novas parcerias para os pets, já que os custos para estes cuidados geram impacto expressivo no orçamento das famílias. Sobretudo quando adoecem, afirma o presidente da ANAJUSTRA Federal, Antônio Carlos Parente.

Já é parceira da entidade a rede Petz, que pelo seu site garante aos associados 7% de desconto na compra de rações, acessórios e medicamentos. Quem opta pela retirada da compra na loja física tem mais 5% de desconto. Confira em anajustrabeneficios. com.br.

7 benefícios de ter um pet

Para além da pandemia, o seu pet traz benefícios para a família inteira o tempo todo.

1-Mais alegria, menos estresse

Em contato com os bichos, o ser humano ativa o sistema límbico, responsável pelas emoções mais instintivas. Isso faz com que ocorra a liberação das endorfinas, gerando a sensação de tranquilidade, bem-estar, melhora da autoestima, entre outros.

2-Menos alergias em crianças

Estudos feitos por um pesquisador da Universidade de Wisconsin-Madison mostraram que ter um animal de estimação reduz em 33% as chances de que as crianças desenvolvam alergias pois com a convivência, os pequenos desenvolvem um sistema imunológico mais forte.

3-Mais atividade física

Uma pesquisa inglesa publicada na revista acadêmica Nature aponta que os donos de cães são mais propensos a cumprir as diretrizes de atividade física do que as pessoas sem um cão

4-Mais saúde para o coração

Um estudo divulgado pela American Heart Association mostrou que ter um bicho de estimação, sobretudo, um cachorro, ajuda a afastar problemas cardiovasculares.

5-Amigo da saúde mental

O animal de estimação contribui para a melhora da saúde mental de 74% das pessoas, segundo um estudo elaborado pela Human Animal Bond Research Institute (HABRI).

6-Menos diabetes

A American Heart Association, a associação norteamericana do coração, lista a redução do diabetes como um dos benefícios para a saúde, decorrentes de se ter um cão

7-Ajudam a detectar doenças

Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos aponta que cães são capazes de “farejar” em amostras de sangue e saliva, com 95% de precisão, o câncer de mama, pulmão, próstata e tireoide, por exemplo. O mesmo ocorre com a hipoglicemia em pacientes diabéticos