O associado da ANAJUSTRA Federal, Jorge Roberto Cunha de Oliveira, ex-diretor-geral do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região, escreveu um poema e uma apresentação sobre sua família no livro "Desafios com Esperança, XXV Antologia", publicado pela União Brasileira de Escritores do Rio Grande do Sul (UBE-RS). O livro reúne poemas e crônicas sobre a pandemia da Covid-19, a devastação do meio ambiente na Amazônia e Pantanal e outras memórias dos escritores.

Jorge Roberto é autor do poema “Meu Coração e o Colégio Militar”, com memórias especiais do período em que estudou na instituição, e de uma apresentação intitulada “Três gerações escrevendo”, que descreve a história de sua família, que sempre esteve atrelada à escrita.

O associado é filho de dois jornalistas e neto de Ezequiel Antônio de Oliveira, primeiro funcionário do jornal Diário de Notícias do Rio Grande Sul. "Minha mãe, assim como o meu pai, me deixou como legado a vontade e o prazer de gastar as minhas horas escrevendo e é o que transmito para os meus filhos", diz.

Jorge selecionou o poema "Não Penses Demais no Amanhã" de autoria de sua mãe, a jornalista e escritora Therezinha de Jesus Cunha de Oliveira, in memoriam, que reflete a visão otimista de mundo dela. Outra participação no livro é de seu filho, Jorge Henrique de Freitas de Oliveira, de apenas 11 anos, que escreveu o poema "A Vida que Deus me Deu".

O convite para participar da XXV Antologia surgiu durante uma conversa com o presidente da União Brasileira de Escritores, enquanto conversavam sobre a infância e como haviam se iniciado na escrita. “Ele achou muito bacana, pois nossas mães haviam nos transmitido esta vontade de escrever e me deu a ideia de contar a história. E assim o fiz”, lembra.

O livro reúne textos de 24 escritores da UBE-RS, cada um com uma visão específica sobre os tempos atuais. Adquira o livro "Desafios com Esperança, XXV Antologia" pelo site da Amazon.

Três Gerações

A família de Jorge sempre esteve atrelada à escrita - ANAJUSTRA Federal

Incentivado pelos pais desde a infância a escrever, Jorge também é autor do livro na área do Direito “A Sindicância Ideal”. Já publicou artigos em revistas jurídicas, é membro do Conselho Editorial da Revista Vozes Maçônicas e participou de outra antologia, da Academia Maçônica de Letras do Rio Grande do Sul.

O processo criativo do associado começa ainda de madrugada. “Acordo entre 3 e 5 horas sonhando com algo, pego meu bloco ao lado da cama e escrevo as ideias que surgem. Durante a manhã seguinte, aprimoro o trabalho”, conta.

Mas o legado familiar não parou em Jorge, que é pai de dois filhos, o mais velho, Jorge Roberto Filho, é advogado e escritor, e o caçula, Jorge Henrique, de apenas 11 anos, foi colaborador do livro. “Fico muito contente ao ver meus filhos seguindo o caminho da escrita”.

Outro projeto que Jorge possui tem a ver com sua mãe, Therezinha, que deixou uma coletânea de poemas, que ele pretender lançar. “Estou compilando (os poemas) para lançar como obra que deverá ter a renda revertida para algum dos institutos de tratamento do câncer, doença que a levou”, explica.

Confira um trecho do poema “Meu Coração e o Colégio Militar”, do associado Jorge Roberto:

A saudade acompanha,
E o conhecimento se eterniza,
Era o lema da nossa turma,
Que, ao final, seria a nossa baliza

Entrei criança no primário,
Do Coronel Ivo de Castro Constantino,
Grandes Mestres eu conheci,
Que marcaram o meu destino.

Nesta minha caminhada,
Nas arcadas do CM,
Tive muitos grandes mestres,
Que eu jamais esqueci.

Monitores eu me lembro,
Chamavam-me a atenção,
Para me ensinar o que fazer,
Com toda a precisão.

Da entrada do portão, como uma criança,
Vários anos se passaram,
E quando vi e constatei,
Já era um sexagenário.

A vida passou,
Os anos vieram,
O colégio não mudou,
E eu continuo a admirá-lo.