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O presidente do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT) e do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministro Barros Levenhagen, afirmou nesta quarta-feira (26) que o Poder Judiciário deve contemplar, em seu planejamento, "as singularidades de um país continental". O ministro falou na abertura da reunião promovida pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em preparação para o 8º Encontro Nacional do Judiciário, que ocorrerá em novembro.
A reunião, que começou ontem, 2, e segue hoje, 27, na sede do TST, visa ao debate de assuntos relacionados à gestão estratégica do Poder Judiciário que serão levados à aprovação dos presidentes dos tribunais brasileiros no Encontro Nacional, que fixará as metas para o quinquênio 2015-2020. "É um trabalho bastante duro, bastante árduo", disse o ministro Levenhagen aos participantes da reunião. "Espero que possa resultar em estratégias e metas compatíveis com a realidade do Brasil".
Para o presidente do CSJT e do TST, metas e estratégias são sempre bem vindas. "Não é possível que o CNJ e os tribunais possam desenvolver uma política de gestão, sobretudo voltada para a atividade fim, sem metas", afirmou. "Nenhuma instituição, ainda que pública, pode se dar ao luxo de agir ao sabor das circunstâncias momentâneas". Ressaltou, porém, que o Brasil é um país desigual, e é preciso estabelecer critérios que se ajustem a essa condição. "Uma uniformização, me parece, ao invés de estimular pode eventualmente prejudicar algum tribunal", observou, citando como exemplo a Justiça do Trabalho, que tem tribunais regionais de grande porte e outros pequenos. "Penso que podemos contemplar metas factíveis em relação à dimensão dos próprios tribunais, e creio que a grande missão dos senhores será preparar este encontro tendo em conta substancialmente essa pluralidade".