Cláudio Barros divulga novos textos sobre espiritualidade e pandemia

Servidor do TRT22 retorna ao Espaço Cultural com novos escritos.

28/07/2021 15:45
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O associado Cláudio César de Oliveira Barros desde 2015 escreve textos de opinião e também reflexivos nas redes sociais. Os assuntos abordados por ele é baseado em sua intuição e vai desde temas do cotidiano, espiritualidade e também política. Recentemente, o servidor também tem explorado assuntos como a pandemia do Coronavírus.

Graças ao seu processo criativo sempre em atividade, esta é a terceira vez que Cláudio compartilha os seus escritos com o Espaço Cultural. Desta vez, o autor fala sobre gratidão, espiritualidade e a pandemia e a chegada das vacinas. “Os temas são muito diversificados, mas boa parte são referentes à espiritualidade e reflexões relativas à evolução espiritual dos seres humanos”, explica.

Dentre as referências literárias que tem, Cláudio dá destaque a Allan Kardec, educador, autor e tradutor francês e um dos pioneiros na pesquisa científica sobre fenômenos paranormais e mediunidade, e hoje, conhecido mundialmente como “O Pai do Espiritismo.”

Caso queira conferir outros textos de Cláudio ou enviar uma mensagem, acesse seu perfil no Facebook.

Confira os últimos textos divulgados pelo autor. 

AGRADECIMENTO

Quando fazemos uma boa ação, um favor para alguém, muitas vezes esperamos pela conhecida expressão: “muito obrigado(a)”, e até ficamos meio chateados, aborrecidos, com a pessoa que não agradece o obséquio por nossa gentileza, no entanto, devo dizer que: quem espera agradecimento e elogios nesta vida, já colheu os louros e os frutos pela sua bondade aqui mesmo nesta existência, não havendo mais nada a reclamar posteriormente.

Recebendo os agradecimentos ou não, pouco importa, devemos fazer a nossa parte, sendo altruísta e sem troca de favores por palavras gentis ou retribuição, porque na realidade, quem deve agradecer mesmo, é a pessoa que presta o favor, pela oportunidade que a outra pessoa que recebeu o benefício proporcionou para que ela pratique a caridade, amenizando, assim, as suas faltas. Pense nisso!

Os verdadeiros agradecimentos devem ser dirigidos ao pai maior, por ambas as partes; o primeiro por ter sido o instrumento do senhor, ajudando o próximo naquela ocasião, e o segundo, por ter recebido a graça, proporcionando ao seu benfeitor a atitude benevolente.

Vamos praticar o bem, de graça, sem troca, afinal, como bem diz a grande frase: “Fora da caridade não há salvação”.

A IMPORTÂNCIA DA CARNE

Nós, quando investidos na carne, estamos em um processo de prática do que aprendemos no mundo invisível, portanto, devemos ter muito zelo pela matéria física em que nos encontramos, pois ela é necessária para crescermos espiritualmente.

Quando compramos uma roupa nova, sentimos satisfação e ficamos bem por podermos usá-la, assim também dever ser quando estamos investidos na carne, pois ela é a vestimenta dos espíritos, e é com ela que podemos trabalhar a teoria do que aprendemos na erraticidade, sempre visando à evolução espiritual.

Por mais que o mundo nos pareça injusto ou sem sentido, algumas vezes, é exatamente neste espaço que podemos progredir, convivendo humanamente com as adversidades e prestigiando o que nos foge a razão, porque tudo tem o seu sentido e o porquê da sua existência.

Não que não possamos evoluir nos interregnos corporais, pois crescemos muito lá, mas aqui é a rua, local adequado para pormos em prática o que aprendemos na dimensão intangível.

Lá é escola, aqui é rua, no entanto, por paradoxo, praticamos muitas vezes na escola e aprendemos outras tantas na rua, porém, são guardadas as devidas proporções, pois não aprendemos o suficiente na rua e nem praticamos na escola o que assimilamos com a devida imparcialidade, sem a lembrança efetiva do que nos foi ensinado, por isso, quando mergulhados na carne, sabemos intuitivamente o que faz parte do bem ou do mal, no entanto, muitas vezes, teimamos e tornamos a cometer o mesmo erro que nos foi dado a conhecer na erraticidade e que prometemos não se descurar, todavia, como diz o velho ditado: "a carne é fraca", entretanto, não deveria ser, pois já conhecemos intuitivamente o poder que o bem faz e a potencialidade nefasta do mal.

A Terra, por enquanto, pois ela ainda está em fase de transição para um mundo de regeneração, não é um espaço de convivência com grandes evoluções espirituais, não sendo difícil de perceber isso com as matérias publicadas na mídia e que nos deixam perplexos, daí podemos concluir o quanto ainda temos a evoluir no sentido moral, não obstante, a oportunidade de darmos um grande salto é esta em que nos encontramos agora, portanto, vamos fazer um grande esforço para ressaltarmos o bem e praticar a caridade, não apenas monetariamente, mas principalmente com palavras e ações.

Eu sei que pela vida corrida que temos e o cotidiano, isso nos parece distante, mas seria muito bom se pudéssemos nos desprender por alguns instantes da matéria e nos focássemos um pouco no espírito alheio que necessita de acolhimento, neste caso, a Terra iria agradecer bastante e a sua regeneração seria mais rápida e melhor.

Nada disso é utopia, pois depende apenas de nós querermos nos transformar, embora seja difícil, porém, nada é impossível, sempre lembrando que vivemos na Terra, mundo de provas e expiações. Vamos ter zelo por ela, mas acima de tudo, por nós mesmos, pois há muitas moradas melhores e mais evoluídas nas criações do Supremo, e que não temos permissão ainda para conhecer, devido ao nível da nossa imperfeição moral.

CORONAVÍRUS E A COMEMORAÇÃO PELA VACINAÇÃO

Prezados, aos que ainda não tomaram a vacina, peço-lhes calma, fé e a continuação dos cuidados necessários, pois logo, logo, a hora de vocês chegará, e o refrigério pelo sentimento de imunização tomará conta de toda a sua família. Esta é uma certeza.

No entanto, fico me perguntando, às vezes, o motivo pelo qual as pessoas postam fotos ou vídeos no momento em que estão tomando a vacina contra o coronavírus, chegando até a comemorar como se fosse um troféu. Realmente não entendo...e olha que são duas doses e não é 100% eficiente, mas concordo que já é muita coisa..., e, afinal, é direito de todos nós tomarmos a vacina.

Sei que algumas pessoas estão apavoradas com a doença, ansiosas pela chegada do dia da sua vacina, outras com paranoia devido aos cuidados extremos. Embora eu concorde que todos nós devemos nos proteger, não vejo motivo para comemoração quando muitas outras pessoas perderam a vida para esta tal doença sem ter a mínima chance de se protegerem tomando a bendita vacina, e é exatamente por este e outros motivos que não vejo razão para comemoração, afinal, não vejo vantagem alguma em ser um pouco mais velho ou ter comorbidade, no entanto, entendo a alegria das pessoas em se sentir um pouco mais aliviadas ou protegidas pela vacina.

A idade e a comorbidade são fatores que decidem a prioridade na vacina, isto apenas para efeito de organização da vacinação com a chegada gradual das vacinas, e devemos respeitar, mas em uma situação de vida ou morte, estas prioridades perdem a sua eficácia, sendo o direito a vida o bem maior a ser privilegiado.

Eu sei que as pessoas tem todo o direito de postarem o que quiserem em seus momentos de alegria, contudo, faço uma comparação na comemoração pela tomada da vacina a um acidente de avião, por exemplo, quando muitas pessoas perdem a vida e você por algum motivo sobrevive ao desastre. Então eu pergunto: Onde está o motivo de alegria e comemoração diante de um episódio onde várias famílias choram e a sua família sorrir? Não vejo razão para comemoração, apenas agradecimento pela oportunidade de continuarmos a nossa missão aqui neste plano através do dom da dádiva da vida.

Volto a frisar para os que ainda não tomaram a vacina, que tenham calma e resignação, pois todos serão vacinados.

A paciência é a maior de todas as virtudes e necessária em todas as nossas atitudes!

Torço para que em breve estejamos todos de volta a nossa rotina diária nas Varas do Trabalho, Tribunais e outros, assim como, no sistema de teletrabalho para os que laboram desta forma.

Abraços fraternais a todos e boa sorte.

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